Sonata Arctica em BH: ‘Prefiro tocar mais perto do público’, diz o tecladista Henrik Klingenberg

Sonata Arctica – Entrevista com Henrik Klingenberg
Mais uma grande colaboração do Rodrigo ‘Piolho’ Monteiro para o Rock Master!

Os finlandeses do Sonata Arctica estão fazendo sua maior turnê no Brasil até o momento. São 10 datas – mais detalhes no fim desta matéria – nas quais a banda faz a divulgação de seu nono álbum de estúdio, apropriadamente chamado “The Ninth Hour”. Por isso, o Rock Master conversou com o tecladista da banda, Henrik Klingenberg, sobre o tamanho da atual turnê, o significado de algumas das músicas no novo álbum, o show em BH e mais. Confira!

Rock Master:
Esta é sua terceira passagem por Belo Horizonte. Vocês conseguiram conhecer a cidade nas vezes anteriores que estiveram por aqui ou foi o mesmo esquema aeroporto-hotel-local do show-hotel-aeroporto de sempre?
Henrik: Infelizmente não tivemos tempo e, sim, na maior parte do tempo é esse esquema aeroporto-local do show-hotel e vamos para o próximo local.

RM:
Desta vez vocês estão tocando em um local menor do que anteriormente aqui em Belo Horizonte. Quais são os desafios de tocar em lugares onde vocês estão mais perto do púbico comparando com, por exemplo, uma performance no festival Wacken Open Air?
Henrik: Eu prefiro tocar mais perto do público, na verdade. Em grandes festivais, por exemplo, é mais difícil de interagir com os fãs quando você mal consegue vê-los. Em locais menores você consegue sentir realmente a energia do público e é mais fácil de fazer a banda entrar no clima. Claro, se o lugar é muito pequeno os membros da banda podem acabar trombando uns nos outros o tempo todo ou algo assim.

RM:
Em seus primeiros álbuns, é seguro dizer que o Sonata Arctica fazia o típico Power Metal característico das bandas finlandesas. Agora vocês incorporaram tantas influências diferentes que é difícil rotulá-los. Ao que você atribui essas mudanças em sua música e como isso afeta sua relação com os fãs, especialmente aqueles que gostariam de vê-los gravando variações dos álbuns “Ecliptica” ou “Silence” pelo resto de sua carreira?
Henrik: Eu acredito que isso foi um progresso natural que aconteceu ao longo dos anos. Olhando em retrospecto, parece que mudamos muito de uma hora para a outra, mas tem um bom tempo desde nosso primeiro álbum e não somos mais as mesmas pessoas… E mesmo que regravar Ecliptica (nota: em 2014 a banda regravou seu primeiro álbum que foi relançado como uma edição de aniversário em ocasião dos 15 anos de seu lançamento) tenha sido legal, eu prefiro trabalhar em nossa nova música. No entanto, seria legal acelerar as coisas um pouco. 😉

RM:
Sua atual turnê brasileira tem 10 shows. Poucas bandas fazem tantos shows no Brasil em uma mesma turnê. Você acredita que o fato de terem levado sua música a uma direção que não é exclusivamente power metal fez mais pessoas ficarem interessadas em seu trabalho?
Henrik: Acredito que o fato de termos mudado ao longo dos anos nos trouxe novos fãs e fez alguns dos antigos abandonarem o navio. No momento continuamos sendo convidados a voltar para o Brasil e nos divertir nos shows com os nossos fãs, então não vejo nenhuma razão para não fazermos muitos shows sempre que chegamos aqui.

RM:
Apesar de ter músicas que são típicas do Sonata, “The Ninth Hour” também tem algumas que não são algo esperado de vocês. “Fairytale”, em especial, foi obviamente influenciada pela disputa presidencial nos Estados Unidos (nota: vencida por Donald Trump). Porque vocês sentiram a necessidade de escrever uma música desse tipo e como ela foi recebida nos EUA, especialmente nos estados onde Trump obteve a maioria dos votos?
Henrik: As letras dessa música são mais ou menos o posicionamento pessoal do Tony (Kakko, vocalista e letrista do Sonata) a respeito da coisa. Nós não chegamos a efetivamente ver as letras ou saber do que se tratava a música até após os vocais serem gravados. Nós estávamos em turnê durante a corrida eleitoral e tocamos essa música, mas não acho que tivemos qualquer reação negativa à suas letras. Algumas pessoas sabiam do que se tratava e outras não… Não creio que você deva misturar política com música a não ser que todos tenham as mesmas crenças e posicionamento. Mas no que diz respeito a essa, não ouvi nenhuma crítica pesada em relação às letras.

RM:
Mesmo não sendo um álbum conceitual, eu sei que há um conceito por trás de “The Ninth Hour”. Você pode nos dizer qual é e quais mensagens a capa traz?
Henrik: A capa está ligada a algumas músicas que lidam com questões ambientais, no sentido de que o que fazemos hoje determinará como o futuro será tanto para nós, humanos, quanto para o planeta em si. Algumas dessas opções também estão retratadas na capa.

RM:
Finalmente, vocês lançaram nove álbuns até agora. Quão difícil é montar o setlist da turnê? Vocês escolhem todas as músicas antes da turnê e mantém o mesmo setlist o tempo todo ou mudam um pouco aqui e ali, seja ordem das músicas ou trocando uma ou outra dependendo de onde tocarão? Se esse for o caso, podemos esperar alguma surpresa no show de Belo Horizonte?
Henrik: É quase impossível montar um setlist. Na última turnê nós mudamos as coisas o tempo todo, com algumas poucas músicas mudando toda noite. Na maior parte dessa turnê o setlist foi o mesmo o tempo todo. Eu preferiria trocar o set toda noite, mas isso é algo que decidimos juntos e no momento esse é o tipo de show que queremos fazer. Eu acho que, não importa quais músicas tocamos, a preferida de alguém ficará, infelizmente, de fora… Mas, sim, como eu disse, é muito difícil (de montar o setlist) e isso não fica mais fácil na medida em que lançamos novos álbuns.

O Sonata Arctica começou sua turnê brasileira em 9 de maio, em Porto Alegre. Daí passaram por Curitiba (10), Recife (12) e Belém (14). Os próximos shows da banda são em Belo Horizonte (16), Juiz de Fora (MG – 17), Rio de Janeiro (18), São Paulo (19), sendo que a turnê se encerra em Limeira (SP), dia 21.

Serviço do show de Belo Horizonte:
Local: Granfinos – Av Brasil, 326, Sta Efigênia
Horário: Abertura da casa: 20h
Início do show: 21h
Classificação: 18 anos (menores podem entrar acompanhados de pai ou mãe)
Ingressos (já no segundo lote):
Pista:
Promocional – R$ 135
Meia – R$ 115
Inteira – R$ 230
Meet & Greet – R$ 235
Camarote:
Promocional – R$ 165
Meia – R$ 150
Inteira – R$ 300
Meet & Greet – R$ 265
Vendas online: www.centraldoseventos.com.br (nesse caso há um acréscimo de 10% em todos os valores acima)

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