Olha aí, a visão do show Rodrigo ‘Piolho’ Monteiro, sobre o show do Hammerfall, em Belo Horizonte. As fotos são de Alexandre Guzanshe.
Os fãs de heavy metal de Belo Horizonte são conhecidos por sua mania de reclamar de que a cidade é, muitas vezes, deixada de fora de turnês de banda de médio e grande porte. Esse ano, no entanto, a galera não tem muito do que reclamar nesse sentido já que foram inúmeros os shows do estilo que aconteceram na capital mineira, especialmente nesse segundo semestre.
O Hammerfall, figura já conhecida há tempos dos mineiros, se juntou a bandas como Apocalyptica, Delain, Lacuna Coil, Amon Amarth, Abbath, Zakk Sabbath, Satyricon, Mr. Big, Sepultura e outras que passaram por BH em 2017. O show dos suecos aconteceu numa noite chuvosa de sábado, 02 de dezembro, no Music Hall, em razão da divulgação de seu último álbum, “Built to Last”. E, se novamente a presença de público não era a ideal – calculo que algo em torno de 40% da casa estava ocupada – a galera que compareceu, como sempre, não decepcionou. O Hammerfall, uma banda já bastante experiente, também fez a sua parte.
Marcado para as 22h50, passava pouco dessa hora quando, após uma curta introdução, o quinteto liderado pelo guitarrista Oscar Drojank e o vocalista Joacim Cans, acompanhados de Portus Norgren (guitarra), Fredrik Larsson (baixo) e David Wallin (bateria), abriu os trabalhos com “Hector’s Hymm”, de seu penúltimo álbum, “(r)Evolution”.
“Riders of the Storm” veio a seguir e colocou o público onde a banda gostaria, já que é um de seus maiores sucessos. Foi só então que “Built to Last” deu as caras, com a música “Bring It”. Apesar de ser menos conhecida do que as anteriores, ela causou o efeito desejado, pois o público se empolgou bastante em seu refrão.
Apesar de ser a turnê de “Built to Last”, a banda tocou apenas 4 músicas presentes no álbum, sendo elas “Bring It”, “Dethrone and Defy”, “Built to Last” e “Hammer High” (essa já no bis). Nas demais canções o Hammerfall deu um bom passeio por praticamente toda a sua discografia, com exceção dos álbuns “Infected” (2011) e “Threshold” (2006), sem nenhuma música apresentada aqui.
Voltando ao show, foi apenas após “Bring It” que o vocalista Joacim Cans interagiu pela primeira vez com a audiência, algo que ele faria diversas vezes ao longo da apresentação. Além dos elogios à cidade e à galera ali presente e comentários de praxe, ele reclamou, com bom humor, do calor no Music Hall (“isso está parecendo uma sauna finlandesa, vocês não acham?”), brincou com o público quando discordaram dele (“não? Pra vocês isso é frio, né?”) e logo emendou que, estava quente, mas ele e banda adoram esse tipo de calor.
No geral, todos os membros do Hammerfall tem uma bela presença de palco, movimentando-se por todo o palco, cantando, incentivando o público a gritar e puxando as palmas. Além de Joacims, podemos destacar nesse quesito o guitarrista Oscar que, com sua guitarra em formato de martelo, parecia estar se divertindo muito em cima do palco.
O desfile de músicas preferidas do público continuou após “Bring It” com “Blood Bound”, “Any Means Necessary”, “Renegade” e “Let the Hammer Fall”, dentre outras. Após essa sequência, Joacim tirou um tempo para lembrar aos ali presentes que 2017 marca o 20º aniversário do primeiro álbum da banda, “Glory to the Brave”. Contou um pouco da história do Hammerfall desde sua formação em Gotemburgo, e deixou o palco enquanto os demais membros faziam um medley combinando trechos de diversas músicas presentes no álbum. Joacim volta durante o medley, para colocar sua voz em “When the Dragon Lies Bleeding”, faixa que abre esse álbum. A seguir, é a vez da faixa título ser executada na íntegra e marcar o fim da primeira parte da apresentação. Aqui Joacim chegou a descer do palco e interagir com o pessoal que se espremia na grade, cantando naquele pequeno espaço que separa os dois espaços.
Se passaram pouquíssimos minutos antes que o Hammerfall voltasse para a parte final do show. Aqui Joacim tirou mais um tempo para conversar com o público e apresentar a banda em uma cena hilária, pois, aparentemente, ele mesmo esqueceu o que iria dizer ao apresentar Oscar ao público, o que fez com que caísse na gargalhada.
O show continuou com “Hammer High”, “Bushido” e terminou, com chave de ouro, com “Hearts on Fire”. Ao se despedir, Joacim prometeu que a banda não demoraria a voltar. Como o Hammerfall é um dos grupos que mais se apresenta no Brasil, fazendo do país uma parada obrigatória toda vez em que lança um novo álbum, é bem provável que a promessa seja devidamente cumprida.
Novamente, o Rock Master agradece à Márcio Siqueira e a MBHz Produções pela oportunidade de realizar essa cobertura.
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