Mantra lança ‘Próximo’, terceiro álbum da carreira

Em 3 de outubro, quarta-feira, às 21h, no Teatro Marilia, a banda Mantra lança seu terceiro disco: “Próximo”, que conta a trajetória de 19 anos, trazendo nove faixas autorais, em português, entre músicas novas e composições feitas nos primórdios do grupo, lapidadas agora.

Outra novidade é a releitura da clássica “Vera Cruz”, de Milton Nascimento e Márcio Borges, tratada com um toque do rock progressivo e preservando sua mineiridade.

O conceito da urbe, presente em todo o trabalho, desde a capa até as texturas, efeitos, timbres e letras, também aparece por todo o tempo no show, desde a entrada do público até o bis. É a cidade do plano das ideias que, mesmo depois de sua desconstrução, sempre estará ali, presente.

A transversalidade também chama a atenção neste espetáculo que extrapola uma simples apresentação musical. Para além das participações confirmadas de parceiros que atuaram no álbum, o espetáculo terá a presença da dançarina Violeta Penna e projeções mapeadas do VJ Bah.

As luzes do Vicente Baka trazem as sensações sugeridas pelas projeções e ambiência, tornando-se a moldura perfeita para o “Próximo”.

O novo álbum

O conceito aparece logo na capa, uma foto de Ricardo LAF que retrata o cruzamento das ruas Augusto de Lima e Curitiba, no Centro de BH, num dia chuvoso. “É a cidade, suas contradições, desigualdades que se igualam, desníveis que se nivelam. Ela é ao mesmo tempo próxima e distante como as extremidades de uma ferradura, ou como as gotas de chuva em um para-brisas”, explica o baterista Léo Dias, que também assina a direção musical e gravação.

Ele completa: “Na música a cidade também está sempre presente. Arranjos que se misturam aos sons urbanos, cores e texturas que são sugeridas pela sonoridade, tudo remete a essa contradição edificada, na qual residem toda sorte das pessoas”.

Timbres incomuns e elementos que extrapolam os instrumentos convencionais do rock, sustentam o conceito. Marimba de vidro, fagote, violoncelo, trombones, trompetes, saxofones e flautas aparecem por todo tempo e, atrelados às guitarras, moogs, hammonds, pianos, melotrons, baterias e baixos, enriquecem ainda mais os arranjos.

A sonoridade do disco revela as influências que o grupo coletou em sua trajetória, atuando na memória afetiva, convidando o público a fazer uma viagem pelas ruas desvairadas da cidade.

Este terceiro trabalho, produzido pelo próprio grupo, no estúdio Na Marreta, do baterista Léo Dias, conta com a masterização de André Cabelo (Estúdio Engenho) e a participação de parceiros importantes na história da banda.

São eles: Rodrigo Boi, vocalista do Mantra de 2004 à 2013, cantando a faixa Rupestre, André Mola (guitarrista do Somba e ex-guitarrista do Mantra) o maestro Rodrigo Garcia (Khykho da banda Cartoon), atuando com seu violoncelo na faixa Havana, além de Maíra Cimbléris que também deixou sua contribuição no arranjo introdutório e no fagote da primeira faixa, Contos do Plano Mental.

Inteiramente viabilizado por meio da contribuição de amigos e seguidores do Mantra através da campanha de Vakinha Virtual, “Próximo” vem coroar a trajetória de quase 20 anos da banda mineira.

Trajetória

A banda Mantra surgiu em meados de 1999 com uma proposta diferente e ousada, tornando-se rapidamente um dos principais grupos do cenário rock de Minas Gerais.

É composta por Vinícius Moselli (guitarra, violões e voz), Igor Ribeiro (baixo, violões e voz), Hugo Bizzotto (teclados e voz), Léo Dias (bateria, marimba e voz) e Marcelo Dias (sax, flauta, voz e violão), músicos profissionais atuantes, acadêmicos, professores de música e pesquisadores da cultura.

A pesquisa é um elemento fundamental na caracterização da sonoridade do grupo. A união do rock clássico a elementos tipicamente brasileiros, atrelados a canções em português, diferencia o Mantra das demais bandas de rock progressivo no Brasil.

Dentre os trabalhos realizados destacam-se os discos Contos do Plano Mental (2001), a ópera rock A Guerra dos Emboabas (2007) e Maletta (2012).

O Mantra foi vencedor do Prêmio BDMG Cultural, além do Prêmio do Festival de Inverno de Mariana e Ouro Preto em 2006. Participou das Viradas Culturais de 2014 e 2016, circulou por diversos espaços importantes do país como CCCP e Nectar – Rio de Janeiro, Festa da Música de Fortaleza, dentre outros, sempre atrelando o trabalho autoral a releituras de artistas da cena progressiva mundial.

Serviço
Lançamento “Próximo” – Banda Mantra
Data:
3 de outubro (quarta-feira)
Local: Teatro Marília (Rua Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia)
Horário: 21h
Ingressos: R$ 30,00 (trinta reais) – Desconto para compras antecipadas pelo Sympla e R$ 40,00 (quarenta reais) na bilheteria do teatro

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