Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo ‘Piolho’ Monteiro para o Rock Master!
Uma das coisas mais legais dessa parceria do Rock Master com a Hellion Records é que me dá a oportunidade de conhecer bandas às quais, sem essa responsabilidade de escrever resenhas para o Rock Master, eu nunca conheceria. Se algumas delas não chamam a atenção, outras, por outro lado, me fazem questionar porque passaram despercebidas ao meu radar. Esse, felizmente, é o caso do Black Stone Cherry.
“Family Tree”, o sexto álbum do quarteto de Edmonton, Kentucky, EUA, formado por Chris Robertson (vocal, guitarra base), Ben Wells (guitarra solo), Jon Lawhon (baixo) e John Fred Young (bateria, percussão, piano) é um excelente ponto de partida para aqueles que, como eu, desconheciam a banda.
O grupo começou como uma banda de hard rock mas, ao longo dos anos, foi reformulando e moldando seu som de forma a adicionar elementos do southern rock tão característico daquela região dos Estados Unidos e somar a eles uma boa dose de blues a lá ZZ Top. O resultado dessa mistura não poderia ser melhor.
“Bad Habit”, faixa que abre o álbum, já dá uma ideia do que virá pela frente, com a voz marcante de Chris dando o tom, sendo apoiado pela guitarra de de Ben, que faz seu trabalho de maneira bastante competente, e uma cozinha devidamente azeitada. Daí até os últimos acordes da faixa título, que fecha a bolachinha, o que se tem é um deleite para os ouvidos daqueles que apreciam esse subgênero do rock n’ roll. Arrisco-me a dizer que não apenas a eles, já que o Black Stone Cherry consegue produzir músicas que se encaixariam muito bem na programação das poucas rádios que ainda se dedicam ao bom e velho “ritmo do capeta” no Brasil.
Apesar de ser um álbum redondinho do começo ao fim, um texto como este meio que me obriga a selecionar aqueles que seriam os melhores momentos do álbum. E eles estão espalhados em “Family Tree”. Além de “Bad Habit”, “Dancin’ in the Rain”, a balada “My Last Breath” e “You Got the Blues” são bons exemplos desses melhores momentos.
Com faixas cheias de groove, refrões grudentos, boas melodias e bastante energia, “Family Tree” é, de longe, um dos melhores álbuns aos quais tive o prazer de resenhar este ano. Altamente recomendável.
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