Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo ‘Piolho’ Monteiro para o Rock Master!
O For All We Know é um projeto paralelo de Ruud Jolie, guitarrista da banda holandesa Within Temptation. Apesar de ter sido anunciada em 2007, o primeiro registro da banda, um álbum auto-intitulado, saiu apenas quatro anos após, em 2011.
Apesar de ter recebido boas críticas, as agendas ocupadas dos membros do For All We Know, que, além de Ruud, é composta pelo vocalista Wudstik, o baixista Kristoffer Gildenlöw, o baterista Léo Margarit (esses dois, membros do Pain of Salvation), o tecladista Thijs Schrijnemakers e o pianista Marco Kuypers, impediu que a banda se reunisse para um segundo álbum até 2017, quando “Take Me Home” chegou ao mercado, trazendo uma sonoridade mais madura do que aquela apresentada em seu álbum de estréia.
“Take Me Home” é um álbum bem variado, que se distingue do que Ruud costuma tocar com sua banda principal. O que temos aqui é um rock n’ roll com bastante influência do indie e do progressivo, com diversas faixas com um andamento mais lento e algumas que, com alguma boa vontade, poderiam estar presentes em qualquer rádio com uma programação voltada ao rock/pop (algo cada dia mais raro por aqui).
As doze músicas de “Take Me Home” trafegam bem tanto pelo indie quanto pelo prog de maneira bem fluída. “Breathe: In” faixa que abre os trabalhos, talvez seja a mais enganadora. Com 1:30 minutos de duração, ela parece algo tirado de um daqueles comerciais de um carro sendo dirigido por uma estrada no campo e é bastante diferente das demais faixas que compreendem o mesmo tema, “Breathe: Hold” e “Breathe: Out”, que encerra os trabalhos. Ao contrário de boa parte dos álbums que se utilizam desse tipo de recurso, “Breathe: In” não prepara exatamente o ouvinte para o que está por vir. Isso, no entanto, é um detalhe menor.
O fato é que “Take Me Home” se constitui em uma audição bem agradável, tendo como pontos altos faixas como “Take Me Home”, “Colours”, “We Are the Light” (que traz a participação especial de Anneke van Giersbergen), “The Big Wheel” e “Prophets in Disguise”, na qual Wudstik solta guturais em algumas passagens.
Lançado por aqui no ano passado pela Hellion Records, “Take Me Home” é indicado para fãs de indie rock, rock progressivo e mesmo pop rock, haja vista o número de faixas acessíveis presentes neste álbum.
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