A lenda da New Wave Of Britsh Heavy Metal, o Grim Reaper, esteve no Brasil em Abril. Atualmente liderado pelo seu vocalista e principal líder, Steve Grimmett, por isso mesmo hoje chamada de Steve Grimmett’s Grim Reaper, a banda realizou três novas apresentações no Bar da Garagem em Sorocaba/SP, no Wox Club em Pomerode/SC e no La Salsa em São Paulo/SP.
Diferentemente das passagens anteriores do Grim Reaper no país, dessa vez Steve Grimmett esteve acompanhado pelos músicos brasileiros Vulcano (guitarra), Bil Martins (contrabaixo) e Rafael Gonçalves (bateria) e entregou um repertório exclusivamente formado por músicas dos três clássicos discos do Grim Reaper: “See You in Hell” de 1984, “Fear No Evil” de 1985 e “Rock You to Hell” de 1987.
Nos três shows da turnê, o Grim Reaper foi acompanhado por duas bandas brasileiras, o Hellish War e o Brave, estimulando a integração entre culturas através desse movimento cultural pluralista que é o heavy metal.
O Hellish War é considerado um dos grupos de heavy metal tradicional mais relevantes do Brasil e nesses shows com o Grim Reaper esteve promovendo seu mais recente álbum, “Wine Of Gods”, que foi financiado pelo Proac Editais. “Wine Of Gods” é apontado por imprensa e público como um dos melhores trabalhos da carreira do quinteto paulista. Além de ter ficado entre os cinco álbuns mais vendidos da loja Die Hard, “Wine Of Gods” colecionou elogios de alguns dos mais importantes jornalistas e críticos de rock do país: “Melhor álbum do Hellish War!” (Leandro Coppi – Roadie Crew); “Uma aula de como se fazer o estilo” (Vitor Franceschini – Arte Metal); “Assombroso no quesito música de qualidade” (Celso Lopes – Rumors Mag).
Entre as dez faixas que compõe o disco, “Warbringer” traz a participação especial de Chris Boltendahl do Grave Digger.
JR, baixista do Hellish War, comentou um pouco sobre como foi a experiência de excursionar com o Grim Reaper e Brave peloo Brasil. “Esperávamos ansiosos pelo dia em que voltaríamos aos palcos, mas não imaginávamos que seria tão foda como foi. Foram apenas três shows, mas foram dias intensos de muito heavy metal, correria, camaradagem, empatia, entrega e muito aprendizado. Termos o privilégio de tocar ao lado do Steve Grimmett, que é um verdadeiro “metal heroe”, não tem como explicar a sensação. Acho que falar dele é como chover no molhado, mas preciso ressaltar sua força de vontade e humildade, que foi uma lição para todos nós. O cara com 62 anos de idade, sem uma das pernas, e em um país atrasado em relação às necessidades dos deficientes físicos, ainda por cima entregou shows memoráveis e sem reclamar uma única vez. Ele não é uma lenda da NWOBHM à toa. Isso eu digo. Foi muito bom rever velhos e novos amigos, encontrar os fãs. Podermos tocar músicas do nosso último álbum, “Wine Of Gods”, que saiu pouco tempo antes da pandemia se instaurar. Estarmos com nossos “brothers of metal” do Brave, que é uma excelente banda e excelentes pessoas para se excursionar juntos, sem palavras mesmo. Só temos a agradecer a oportunidade proporcionada pela Som Do Darma e pela confiança em nosso trabalho. Poder participar desta empreitada, foi algo único. Depois de todo o caos dos últimos dois anos, essa tour foi um sopro de alívio e agradecimento”.
Além de JR, o Hellish War é formado por Bil Martins nos vocais, Vulcano e Daniel Job nas guitarras e Daniel Person na bateria.
Já os shows do Brave foram baseados no repertório de seu mais celebrado disco até aqui, “The Oracle”. O terceiro álbum de estúdio da banda de Porto Feliz/SP reúne oito faixas inéditas e demonstra que o Brave não apenas mantém uma tradição, mas disponibiliza-a para novas possibilidades de interpretação. “The Oracle” foi indicado pelo Prêmio Dynamite 2021 na categoria “Melhor Álbum de Heavy Metal” e recebeu resenhas bastante positivas: “Indicadíssimo” (Collector’s Room); “The Oracle é uma obra intensa e verdadeiramente honesta de quem acredita no heavy metal” (Um Metal por Dia); “…oito faixas completamente novas e de qualidade muito acima da média. The Oracle é resultado direto de mais uma bem vinda etapa de amadurecimento sonoro do Brave” (Sonorizando); “The Oracle é um excelente registro do Brave que mostra, mais uma vez, a força que o heavy metal ainda tem no Brasil” (Rock Master); “The Oracle é uma prova da capacidade dos brasileiros de nos surpreender sempre.” (Rock On Stage); “(…) o Brave está consolidado e é um grande nome do Metal nacional.” (Arte Metal).
Sidney Millano, vocalista do Brave, também comentou sobre a turnê com o Grim Reaper e Hellish War. “Que grande satisfação relatar o quão foi importante e significativa a experiência para o Brave de realizar esse turnê com o Steve Grimmett’s Grim Reaper! O heavy metal, além de um meio de expressão artística, é sem dúvida também uma parceria entre semelhantes. Sem o qual não criaríamos laços de amizades suficientes para alcançarmos objetivos como esse! Foi muito além de dividir o palco com essa lenda viva (Steve Grimmett) acompanhados pelos irmãos do Helish War e mediados pela Som do Darma. Realizamos uma de nossas metas que é tocar em outro estado e apresentar músicas do nosso mais recente trabalho, o álbum “The Oracle”, além, é claro, de reprisar nossa faixa “Power in Battle” com a participação especial de Steve. O que dizer?! Estarmos juntos de uma lenda viva da New Wave of British Heavy Metal?! Vivenciamos a estrada, as situações e principalmente a nós mesmos como companheiros no projeto. Tudo isso em prol de fazermos o que adoramos, que é estar num palco interagindo com o público através do metal. Foi uma longa viagem, porém válida em cada momento! Tanto nas risadas quanto nos obstáculos. Steve é uma pessoa incrível, carismático, atencioso e muito humorado. Além de um grande exemplo de determinação! Realmente, foi uma honra estarmos juntos nessa “viagem”. Obrigado a todos, principalmente ao público de Sorocaba (Bar da Garagem), Pomerode/SC (Wox Club) e de São Paulo (La Salsa). Vocês foram demais! Valeu Susi, Eliton, Sr. Milton (Toshiba) e ao Hellish War. Foi uma experiência ímpar.”
Além de Sidney, o Brave é formado por Ricardo Carbonero no baixo, Carlos Bertolazi na guitarra e Rafael Gonçalves na bateria.
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