Resenha: “Back From Hell MMXXII” – Drowned

2022 foi um ano movimentado para os mineiros do Drowned. Pouco depois de lançarem o furioso “Recipe of Hate“, eis que o quinteto formado por Fernando Lima (vocal), Rafael Porto e Marcos Amorim (guitarras), Rodrigo Nunes (baixo) e Beto Loureiro (bateria) volta à cena com “Back From Hell MMXXII”, uma reedição caprichada do EP lançado originalmente em 2002.

A Cogumelo Records fez seu bom trabalho costumeiro nessa reedição, em parceria com a Voice Music e a Greyhaze Records. O álbum vem em uma embalagem slipcase acrílica, com um encarte caprichado e um pôster 36×36, que já é um item costumeiro nos relançamentos da gravadora.

Falando sobre o álbum em si, ele é mais uma pedrada furiosa do Drowned, apesar de que, aqui, há diversos momentos mais calmos, presentes nas faixas instrumentais “Rhymes of Death”, “The Fucking Twins” e “Blood Sand”. Todas curtas, à exceção de “Blood Sand”, que passa dos 02:30 minutos. As três, no entanto, estão bem distribuídas e cumprem bem o papel de servir como uma espécie de alívio – por falta de um termo melhor – entre a pancadaria presente nas demais faixas.

Se tirarmos essas três instrumentais, a versão em estúdio do álbum se resume a seis pedradas. Dessas, é difícil escolher um destaque individual. “Evil Darkness Inside” e “Back From Hell” são duas pauladas de respeito, enquanto que “Cruz Demoníaca” mostra ao headbanger mais purista que sim, dá pra fazer metal extremo de qualidade cantado em português. Na minha modesta opinião essa versão é superior à cantada em inglês, “Demonic Cross”, também presente no álbum.

Além das acima citadas, “Back From Hell” traz duas versões do Drowned para clássicos do metal mineiro. Impossível não bater cabeça com a versão do grupo para “Antichrist” do Sepultura – que riff nervoso bem executado. Já “Midnight Queen”, originalmente gravada pelo Sarcófago, não deixa nada a dever à versão original.

Apesar de ter sido lançado nas plataformas digitais, o ideal é ter a versão física de “Back From Hell MMXXII”. Não só pelo trabalho caprichado da Cogumelo, o qual mencionamos lá em cima, mas porque ela traz três faixas exclusivas: “Back From Hell”, “Evil Darkness Inside” e “Demonic Cross”, todas gravadas em um show realizado pela banda no aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, em 2003. Músicas que, ao vivo, ficam ainda mais brutais.

O Rock Master agradece à Cogumelo por ceder mais esse material para resenha.

 

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