Prime Rock BH: desfile de clássicos, volta ao passado e muito carisma

(Fotos: Prime Rock/Divulgação)

Uma verdadeira volta no tempo. Foi nesse clima que aconteceu o Prime Rock BH, na esplanada do Mineirão, no último dia 15 de julho. Várias bandas, cantores e cantoras que despontaram nos anos 80 e seguem em alta subiram ao palco, fazendo a alegria da turma 40+.

“Só em um evento assim pra gente encontrar a nossa galera, voltar aos nossos tempos”, disse uma das pessoas que estavam se esbaldando com o desfile de sucessos.

Precisamente às 13h, horário marcado para o início da festa, a banda gaúcha Nenhum de Nós subiu ao palco e mandou um ‘gol’ atrás do outro. Thedy, Sady, Carlão, Veco, João Vicente e Estevão mostraram que a agenda da banda lotada não é de graça. Competência, carisma e foco.


Na sequência, outro rei do carisma, Bruno Gouveia, liderando o Biquini (Cavadão). Não se sabe por qual motivo, mas o som, que na apresentação do Nenhum estava sensacional, caiu, prejudicando um pouco o show da banda carioca. Mas nem por isso Bruno, Coelho, Miguel e Álvaro deixaram a peteca cair.

Outro gaúcho foi o responsável por manter o embalo, Humberto Gessinger. E o início da apresentação já dava mostras do que viria, começando começando o setlist com Infinita highway, um dos (senão o maior) sucessos de sua banda, os Engenheiros do Hawaii. Com músicas de sua carreira solo e hits dos Engenheiros, Gessinger manteve o embalo lá em cima.

Nesse meio tempo, no palco do camarote, mas transmitido no telão principal, Leo Jaime fez um dos melhores shows do festival. Ele foi de Sonia, a Sete Vampiras, Fórmula do Amor, Mensagem de Amor, Nada Mudou, passando até por Pretenders e Cure. O goiano mais carioca do Brasil mostrou que ainda está em pleníssima forma e que merecia, sem sombra de dúvidas, estar no palco principal.

Outra que também mandou bem foi Paula Toller. Desfilando sucessos de carreira, entremeados com hits do Kid Abelha, a loura mostrou carisma, brincando com a plateia. Ela ainda teve a luxuosa companhia de Liminha, um dos grandes produtores do rock brasileiro, responsável por uma das guitarras de sua banda.

O destacado da vez foi Paulo Ricardo. Aí é preciso abrir um parênteses. Tudo bem que a carreira do RPM não é lá tão extensa, em se tratando de clássicos. Mas o vocalista e baixista se tornou quase um cover. Obviamente, ele toca Olhar 43, Alvorada Voraz, Revoluções Por Minuto, e outras. Mas tem Raul Seixas, Erasmo Carlos, Rita Lee…

Por falar em Rita Lee, que infelizmente nos deixou em maio deste ano, qualquer homenagem à Santa Rita de Sampa será sempre pouco, por tudo o que ela fez pela música brasileira, principalmente pelo rock nacional. Mas as bandas podiam combinar melhor qual será a homenagem. Porque, dentro da extensa carreira de Rita, com sucessos e mais sucessos, cabiam outras, e não “Agora só Você” tocada três vezes em momentos diferentes.

Mas ainda tinha tempo pra muito mais. E quem mandou muito foi Roberto Frejat. O sempre simpático, ora com sua guitarra, ora com o violão, foi de sucessos de sua carreira, como Amor Pra Recomeçar, a clássicos inesquecíveis do Barão Vermelho. E aí rolou Beth Balanço, Puro Êxtase, Por Que a Gente é Assim?, e por aí vai.


Um aparte no show de Frejat. Ele convidou a grande Fernanda Abreu para uma participação especial. E foi muito mal aproveitada. A eterna backing vocal da Blitz, com ótima carreira solo, dividiu os vocais com Frejat em três músicas (uma delas “Agora Só Falta Você”) e se despediu, sem nada dela ou da antiga banda. Bola fora.

E fechando a noite, ainda tinha muita emoção por vir. Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, com sucessos da Legião Urbana, com André Frateschi no vocal e uma banda cravadíssima. Para nenhum legionário colocar defeito.

“Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem”, mas não dá pra passar batido o preço das coisas. Alimentação caríssima. Só pra se ter uma ideia, uma latinha de cerveja de 350ml (Budweiser) saindo à bagatela de R$17 é, no mínimo, uma piada.

E alguns comentários dos internautas que passaram pelo festival comprovam que a reclamação não parte somente deste escriba. “Foi incrível. Organização fantástica. Só a bebida mtooo cara”, postou uma. Outro mandou: “Com o preço das coisas lá dentro fica difícil ir em 2024…” Assim como outro: “Melhor de todas edições, tudo muito bem organizado. PrimeRock é um baita evento. Só o preço da cerveja que não dá pra deixar passar batido. R$17 em 350ml de Bud é complicado. Poderiam rever a relação preço X qualidade da cerveja pras próxima edições.”

Outro disse: “Evento maravilhoso! Mas a cerveja do aeroporto estava mais barata que as do evento. Poderiam rever isso aí”, e por aí foi: “O evento foi incrível, único problema foi o assalto legalizado, 17 reais em uma lata de Budweiser, absurdo.”

Um agradecimento especial à Vianello Assessoria, que possibilitou a cobertura do evento. Valeu, Karina!

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