Glenn Hughes toca para uma plateia empolgada em Belo Horizonte

O lendário vocalista/baixista Glenn Hughes (conhecido como “a voz do rock”) está em turnê desde o começo do ano, celebrando os 50 anos de lançamento de “Burn”, seu primeiro álbum como integrante do Deep Purple. Glenn integrou o Deep Purple entre 1974 e 1976, tendo gravado três álbuns de estúdio e dois ao vivo com a banda.

A “Glenn Hughes Performs Classic Deep Purple Live” desembarcou no Brasil no dia 01 de novembro e o show em Belo Horizonte aconteceu no último dia 05, um domingo que, nas palavras do vocalista “parecia uma noite de sábado” tamanha a empolgação do público presente no Mister Rock para acompanhar a apresentação.

Usando uma metáfora esportiva bastante comum, quando Glenn entrou no palco acompanhado de Søren Andersen (guitarra), Ash Sheehan (bateria) and Bob Fridzema (teclados), o jogo já estava ganho. Afinal, estamos falando de uma apresentação recheada de clássicos de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. Poucos conseguem a façanha de estragar algo assim e, obviamente, Glenn e sua banda não seriam capazes de tal desastre.

Aos 72 anos de idade, Glenn ainda tem uma boa presença de palco e um carisma reservado a poucos. Ele comanda o público, conversa com a audiência, mandando beijos, acenos e dizendo o tempo todo que os ama, enquanto mostra que sua voz ainda tem bastante potência. Em toda a apresentação, fica claro o quanto Glenn está feliz em estar em cima do palco, haja visto o tanto que ele sorri e parece se divertir enquanto trabalha. Claro, o peso da idade aparece aqui e ali, mas Glenn é humilde o suficiente para ficar em segundo plano quando necessário e, nesses momentos, Søren rouba a cena. Além de ser um guitarrista bastante virtuoso – algo necessário para reproduzir o que Ritchie Blackmore fazia – o cara tem uma bela presença de palco, pulando, fazendo poses, caretas e, claro, mostrando muita habilidade nas seis cordas.

Uma das coisas mais legais da apresentação é o fato de que Glenn Hughes e sua banda adicionam elementos e passagens instrumentais mais longas às músicas, tornando o show muito mais interessante do que se, simplesmente, reproduzissem as canções do Deep Purple sem alterações. Novamente, algo que poucos conseguem e Glenn & cia fizeram com perfeição.

No geral, uma apresentação digna de uma das maiores lendas do rock, que caminha para seus últimos anos de carreira mostrando que não alcançou esse título à toa.

Confira abaixo fotos do show na lente do sempre excelente Alexandre Guzanshe.

 

Ouça a edição mais recente do Programa Rock Master:

Se preferir, clique no banner abaixo e escolha qual edição do Programa Rock Master quer ouvir: