Apesar de pouco conhecida por aqui, a cena do underground no leste europeu é bastante movimentada e, às vezes, algumas boas bandas conseguem repercutir além de suas fronteiras. Esse é o caso do power trio Omega Sun, cujo primeiro álbum “Opium for the Masses”, lançado originalmente em 2017, chegou por aqui recentemente via Hellion Records.
Formada em 2013 em Koper, na Eslovênia, o Omega Sun é constituído por Medo (vocal/baixo), Aris (guitarra) e Seba (bateria) e sua proposta é a de fazer um stoner rock com alguma influência de hard e classic rock. Em “Opium for the Masses” eles concentram tudo isso em seis músicas com pouco mais de 35 minutos de duração.
Desde os primeiros acordes de “Despising What You See”, com uma introdução lenta e mesmo soturna, que logo descamba para um stoner clássico, o que se houve em “Opium for the Masses” é uma banda bastante dedicada à sua proposta. O legal aqui é que todos os membros do Omega Sun contribuem ativamente para que o álbum soe homogeneamente bom. Os vocais claros e poderosos de Medo às vezes lembram um pouco o do falecido Chris Cornell (Soundgarden, Audioslave), principalmente quando apoiado por linhas de baixo bem colocadas; Seba é preciso em suas batidas, enquanto Aris sabe encaixar solos com perfeição. Prova disso são faixas como “Kneel”, “No Time to Stay”, a quase balada “Masquerade” e “Diego”, que fecha os trabalhos. Se adicionarmos “Burn Away” e a supracitada “Despising What You See” temos um álbum onde não há nenhuma música fraca.
E é exatamente isso que o álbum de estreia do Omega Sun traz. Uma coleção de músicas fortes, que não deixam a dever em nada a nenhuma de suas contrapartes localizadas no oeste europeu ou mesmo nos Estados Unidos. Que seu segundo álbum, “Roadkill”, lançado em 2023, não demore muito para chegar por aqui.