(Fotos: Lorena Kali / @lightsbane.f)
No último domingo (1º/12), a clássica banda inglesa Venom passou por Belo Horizonte, se apresentando no palco do Mister Rock. Veja como foi, no texto de Alex Albernaz, que colaborou com o Rock Master.
Se dezembro é um mês caracterizado pelo clima natalino, os britânicos de NewCastle voltaram, com um atraso de 38 anos, para inverter a lógica e ambientar dezembro com ares de bruxaria.
O tempo já tinha começado a fechar no Mister Rock, com a apresentação dos poderosos Flagelador e Warbringer.
Mas foi quando o Venom subiu no palco que as “Warheads” e os “Long Haired Punks” viram a luz esvair-se lentamente.
Os deuses do rock’n’roll satânico estavam prestes a convidar a audiência para a Noite das Bruxas.
O engraçado é que poucas horas antes de o Venom subir no palco, a Defesa Civil enviou alertas para todos os telefones celulares de Belo Horizonte.
Estou um pouco velho para isso, mas o metal kid em mim não pode deixar de sorrir e pensar: Witching Hour…
Foi uma enxurrada de clássicos despejados, sem qualquer cerimônia, em um volume ensurdecedor.
Definitivamente, o Venom não veio para cumprir tabela, mas para catapultar Belo Horizonte de volta aos anos 80, quando se apresentaram no mineirinho com o eterno Sepultura.
Como o próprio Cronos constatou, de cima do palco, era uma mistura de gerações. Todos ansiosos por testemunhar os infames pais do black metal explodirem a parede de amplificadores Marshall que compunham o palco.
Eram pais e filhos, belorizontinos e pessoas de todos os lados de Minas Gerais, prestigiando um evento que encerrou o ano com chave de ouro. Uma coisa é certa, se o rock’n’roll morreu, como teimam em dizer por aí, esqueceram de enterrá-lo.
E para concluir, tenho certeza que a maioria dos presentes deve ter ido dormir com um chamado retumbante na cabeça: lay down your souls to the gods rock and roll!
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