Com mais de três décadas de trajetória no cenário musical, o vocalista gaúcho Rod Marenna comemora uma década à frente do Marenna, banda que leva seu nome e vem construindo uma sólida carreira no hard rock nacional e internacional.
Desde sua primeira formação, o Marenna lançou dois EPs, dois álbuns de estúdio e um disco ao vivo distribuído pela Sony Music. O álbum mais recente de estúdio, Voyager (2022), saiu pelo selo dinamarquês Lions Pride Music, parceiro da banda desde 2015, ano em que o Marenna foi finalista do Sweden Rock Festival Competition, uma das mais respeitadas seletivas do hard e classic rock no mundo.
Como parte das celebrações pelos seus 10 anos de carreira, o grupo lançou recentemente “Ten Years After“, álbum ao vivo que reúne registros de performances marcantes, além de duas faixas inéditas. O disco apresenta versões ao vivo de “Voyager”, “Never Surrender”, “Pieces Of Tomorrow”, “You Need To Believe”, “Wait”, “Out Of Line”, “Breaking The Chains”, “Getting Higher”, “Too Young To Die” e “Had Enough”, além das novas “Runaround” e “How Long”.

Eu sempre digo que a melhor forma de ver se uma banda é realmente boa é através de seus registros ao vivo. Sim, em algumas delas há um excesso de overdubs e ajustes para fazer parecer que o grupo está mais azeitado do que realmente está. Esse não é o caso em “Ten Years After”. O Marenna, que além de Rod conta com Edu Lersch (guitarra), Bife (baixo), Arthur Schavinski (bateria) e Luks Diesel (teclados), é uma banda extremamente boa ao vivo. O hard rock da banda é daquele oitentista, ideal para ser executado em arenas. É uma música bem tocada, bem cantada, com o equilíbrio perfeito entre energia, emoção e virtuose. Essa característica fica principalmente restrita à Edu, mas ele jamais abusa dela. Todos os solos e riffs são bem encaixados e percebe-se que a banda está 100% entrosada, emendando uma música legal atrás da outra, sem deixar a bola cair. Em “Ten Years After”, assim como no resto de sua discografia, o Marenna mostra que não deve nada a bandas como Eclipse, Talisman ou Pretty Maids, apenas para citar algumas cuja sonoridade mais se assemelha.
Dez anos de bastante qualidade de competência dentro do hard rock, ainda mais sendo uma banda brasileira, não é para muitos. Que venham mais dez anos, no mínimo, na carreira de Rod e seus companheiros.
“Ten Years After” foi lançado em formato físico e merece espaço na coleção de qualquer um admirador do bom hard rock oitentista. Mas, obviamente, em tempos onde o streaming domina, o álbum também pode ser encontrado nas seguintes plataformas: Spotify, Deezer, Apple Music e YouTube.
Agradecimentos: Susi Santos & Som do Darma.
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