A turnê que o Hardcore Superstar faria pelo Brasil em outubro foi adiada em quase um mês. O show de Belo Horizonte, inicialmente marcado para dia 14/10, um sábado, foi transferido para o dia 16/11, uma quinta-feira pós-feriado. Esse pode ter sido um dos fatores que fizeram com que o quarteto sueco tocasse para um Mister Rock quase vazio – calculo que menos de 100 almas presenciaram o evento. O que é uma pena, pois a banda se mostrou digna de tocar para públicos muito maiores.
Com quatro bandas de abertura, o evento começou cedo, pouco depois das 18h30, como era programado. Quando cheguei ao Mister Rock, a banda Gypsy Tears encerrava seu set, de forma que, infelizmente, não há como avaliar o show ou o som dos caras. A seguir vieram os mineiros do Napalm Cobra, um power trio que investe em uma mistura de punk e hard rock que beira o heavy rock do Motörhead (guardada todas as proporções, obviamente). Fizeram um show bem enérgico e aproveitaram a oportunidade que lhes foi dada aqui.
A seguir vieram os mineiros do Wisache, que mostraram seu hard rock/rock clássico fazendo um show bastante correto, dentro das expectativas; finalmente a convidada especial, o Sioux 66 mostrou uma mistura de rock clássico/hard rock bem interessante, com destaque para o vocalista Igor Godói e o guitarrista/vocalista Yohan Kisser.
O Hardcore Superstar entrou no palco do Mister Rock pouco depois das 22h00 e não se abalou com o pouco público ali presente. O quarteto liderado pelo carismático Joakim Berg (vocal) e que tem Vic Zino (guitarra), Martin Sandvik (baixo) e o baterista substituto Johan Reivén fez seu trabalho de maneira exemplar, com um setlist abrangendo praticamente toda a sua carreira, mostrando um hard rock oitentista com influências modernas muito bom em praticamente todos os sentidos.
O quarteto sueco se mostrou bastante entrosado e com uma presença de palco excelente, com destaque para Joakim, que pula, canta, interage com o público, elogia-os (“vocês estão gritando mais alto do que os mexicanos e chilenos”) e mesmo distribui doses de licor durante a apropriadamente intitulada “Last Call for Alcohol”, um dos destaques do show. Outros momentos que valem menção são “Into Debauchery”, “Moonshine”, a balada “Someone Special”, e o trio que fechou a apresentação: “Above the Law”, “We don’t Celebrate Sundays” e “You Can’t Kill My Rock ‘N Roll”.
Ao final, agradecimentos e promessas de retorno em breve. Esperamos que, caso isso aconteça, o Hardcore Superstar encontre um público maior. Quem estava lá fez seu papel e propiciou uma recepção calorosa para o primeiro show da primeira passagem da banda pelo Brasil. Mas, que eles mereciam uma audiência maior, isso, com certeza, mereciam.
O Rock Master agradece a Lucélio Henrique (Mister Rock) pelo auxílio nessa cobertura.
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