Prepare a sua figa e a sua mandinga! Uma das bandas de rock mais irreverentes e com mais tempo de estrada no cenário brasileiro, a Gangrena Gasosa está de volta para apresentar o seu novo álbum autoral: “Figa of the Dark”, que chega em todas as plataformas de música, dia 30 de agosto. O disco traz 8 faixas autorais inéditas, além de uma versão de “Pra Fuder”, canção de Kiko Dinucci, eternizada na voz de Elza Soares. A arte da capa é de Senegambia.
“Figa of the Dark” terá show de lançamento gratuito, dia 8 de setembro, domingo, às 18h30, no Teatro Rival Petrobras, Centro (RJ). O público deverá retirar os ingressos previamente e o show terá intérprete de libras e acompanhante para PCDs. Participações de: Lis MC, Pedro Amparo, Denise Rodrigues, Kátia Preta e Eder Santana.
A Gangrena Gasosa é formada por Davi Sterminiun (voz), Angelo Arede (voz), Diego Padilha (baixo), Vitor Cofhanos (guitarra), Paula Perez (percussão) e Alex Porto (bateria). Todos os integrantes assinam as composições e os arranjos. A produção musical do disco ficou a cargo de Alex Porto, Angelo Arede e Caio Mendonça e o nome do disco, seguindo a tradição da banda de fazer trocadilhos, lembra “Fear of the Dark”, do Iron Maiden.
Convidados, novos arranjos e muitas novidades, sem perder a essência
A essência da Gangrena Gasosa segue presente em “Figa of the Dark”, com músicas que trazem letras divertidas, contestadoras e sagazes, com temáticas suburbanas e subversivas, alusões às religiões de matriz africana e arranjos eletrizantes. No entanto, no novo disco, a banda se abre a novidades, tanto na sonoridade (apresentando novos arranjos, inclusive com instrumentos de sopro), quanto em relação ao conceito do disco, que traz uma faixa cover e, pela primeira vez em 34 anos de banda, diversas participações.
A Gangrena Gasosa convidou Eder Santana (ex-vocalista), que canta em “Bate-Bola“, single que será lançado dia 23 de agosto; Lis MC, que faz os vocais em “Pra Fuder”, faixa que também conta com a participação de DJ Muralhex; o puxador de samba Igor Vianna, que participa de “Deus do Metal”; e Mao, vocalista dos Garotos Podres, que está na faixa “Gangrenas Podres”. Além disso, a instrumentista Monica Avila faz o saxofone em “Pra Fuder” e o percussionista Pedro Amparo aparece em “Pra Fuder” e “Deus do Metal”.
“Pra Fuder” é um dos grandes momentos do disco, uma homenagem a Elza Soares, que ganhou o “tempero” da Gangrena e os vocais da rapper carioca Lis MC.
“Essa é uma música potente, cheia de atitude e com um refrão que é a cara da Elza, uma grande artista que, agora, ganha a nossa reverência. Nós levamos a faixa para o universo rock and roll e a inserimos na nossa veia metal. Arranjamos e colocamos elementos que nos deixassem à vontade também”, ressalta o baterista Alex Porto.
Irreverência: o DNA da Gangrena sempre presente
Os arranjos e a parte instrumental trazem novos elementos, como guitarras progressivas e um belo saxofone em “Pra Fuder”. Para o vocalista Davi Sterminiun, “Figa of the Dark” é “macumba metal progressivo”.
“Toda essa parte instrumental está muito bem elaborada. Os convidados trouxeram boas ideias. O Pedro Amparo, por exemplo, grande percussionista, trouxe muitas contribuições de arranjos. Também temos beats e sintetizadores do DJ Muralhex, e têm muitas passagens novas nas músicas”, afirma ele, principal letrista do grupo, ao lado de Angelo.
A faixa “Bate-Bola” faz uma homenagem à tradicional figura dos carnavais do subúrbio que assusta, mas também diverte a criançada.
“O Gangrena Gasosa é uma banda do subúrbio, isso está entranhado no nosso DNA e no novo disco. Essas figuras que fazem parte do nosso universo não poderiam ficar de fora. A gente tem essa essência do carioca, da periferia suburbana, da gangue de moleques, dos bairros que têm muito a ver com a parte irreverente da Gangrena”, completa Davi.
Em faixas como “Webchorume” e “Gangrenas Podres”, o tema das redes sociais, do cancelamento e de toda a loucura tecnológica entram no repertório da banda, com letras potentes que subvertem o modus operandi da nossa sociedade. Já em “Eguniversal”, a letra de Davi Sterminiun e Angelo Arede faz uma crítica ao fanatismo religioso e aos falsos profetas.
“A umbanda e o candomblé são algumas das nossas principais referências e a espiritualidade não poderia ficar de fora. ‘Eguniversal’ é uma das faixas mais significativas, pois faz uma crítica a todo tipo de fanatismo religioso e às formas erradas de se viver a vida espiritual. Eu e o Angelo tivemos muito cuidado com as letras, pois queríamos fazer críticas compreensíveis”, afirma Davi.
O humor, é claro, característica que fez o grupo ser tão amado e conhecido em 34 anos de história, não poderia ficar de fora.
“A Gangrena de ‘Figa of the Dark’ é a Gangrena da hora. Uma Gangrena mais moderna, porém sem perder os nossos alicerces, o que nos fez acontecer, musicalmente. Estamos conversando com o nosso tempo”, resume Alex.
Disco foi produzido pelo edital PROGRAMA FUNARTE RETOMADA 2023 – MÚSICA
Completam o álbum “Sabará”, faixa em que se conta a história de um personagem folclórico, que viveu no asfalto underground das praças de Rocha Miranda; “Mister M da Época da Pedra” e “Lacraia Humana”.
“A música ‘Lacraia Humana’ foi inspirada no filme ‘Centopeia Humana’ e ela tem dois pontos de vista na composição. A narrativa do espectador ao ver o filme e o outro é das vítimas que, coladas uma na outra, se tornam apenas uma criatura. É uma homenagem ao filme de gore horror, um dos mais pesados que eu já vi. E tem algo bem interessante no refrão: ele é cantado de boca fechada, para simular a boca costurada”, afirma Davi.
Já “Mister M da Época da Pedra” é uma sátira, que brinca com o icônico mágico dos anos 2000.
“Ela narra satíricamente o antigo mágico revelador de segredos Mister M, sendo linchado pelo ‘povo’, que seriam os outros mágicos, por sempre revelar os truques fuleiros dos mágicos de boteco. É uma sátira que viaja bastante com o contexto, a música mais pesada e frenética do álbum”, adianta ele.
O disco “Figa of the Dark” é uma realização da FUNARTE, Ministério da Cultura e Governo Federal, por meio do edital PROGRAMA FUNARTE RETOMADA 2023 – MÚSICA.
“Por fim, precisamos ressaltar a importância do apoio dado pela Funarte para o fomento da cultura, pois é a primeira vez que a Gangrena contou com uma verba pública em um projeto. Sem esse apoio, não teria sido possível a realização desse disco. Também, não podemos esquecer de agradecer a parceria da Danada Produções, representada por Mario Rocha, que nos ajudou a tocar esse projeto”, finaliza Alex.
FAIXAS:
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Webchorume
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Lacraia Humana
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Bate-Bola
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Eguniversal
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Deus do Metal
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Gangrenas Podres
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Sabará
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Pra Fuder
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Mister M da Época da Pedra
FICHA TÉCNICA:
Realização FUNARTE, Ministério da Cultura e Governo Federal
Banda:
Davi Sterminiun – Voz
Angelo Arede – Voz
Diego Padilha – Baixo
Vitor Cofhanos – Guitarra
Paula Perez – Percussão
Alex Porto – Bateria
Participações especiais:
Eder Santana – Voz
Lis MC – Voz
Igor Vianna – Voz
Mao – Voz
Monica Avila – Sax
Pedro Amparo – Percussão
DJ Muralhex – Beats e sintetizadores eletrônicos
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