Resenha: “Condamnés” – Malediction

Formada em 1997 em Laon, França, o Malediction é um bom exemplo do que o heavy metal francês tem a oferecer. Ou, no caso desses caras, tinha, já que a banda se separou apenas dez anos após sua formação, deixando em seu rastro uma demo, um single e dois álbuns completos. O primeiro deles, “Condamnés“, de 2001, teve uma reedição vinte anos depois de seu lançamento e chegou por aqui esse ano via Hellion Records.

Mesmo sendo uma banda do final dos anos 1990, o Malediction – que, na época de “Condamnés” era formada por Sylvain Mollard (vocais/guitarra), Mathieu Poulain (guitarra), Olivier Messaoui (baixo) e Nicolas Mollard (bateria) – faz um heavy metal bastante padrão, reminiscente dos anos 1980 e, apesar dessa palavra não ser muito adequada, bem acessível. É o tipo de sonoridade que lembra muito o que Ozzy Osbourne fazia no começo de sua carreira solo e isso é bastante legal.

A exemplo de seus compatriotas do ADX, o Malediction investe em letras em francês, o que pode causar um pouco de estranheza. Isso, no entanto, não prejudica na hora de “bater cabeça” e curtir a música do quarteto, que apresenta trabalhos bem legais como a faixa título (uma boa balada), “Prince Des Ténèbres” e “Le Fils de Satan” (bons exemplos de metal clássico) e “Le Masque de Fer” e L’horloge”, essas duas as melhores presentes no álbum.

Uma preciosidade do metal francês, a versão nacional de “Condamnés” é bem caprichada, com um disco bônus com versões demo, remixadas e ao vivo de músicas presentes no álbum principal. Tudo isso em uma embalagem digipack com um encarte trazendo todas as letras de “Condamnés”. Um belo trabalho da Hellion em apresentar esse material para o público brasileiro.

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