A banda Loss é um dos bons nomes a surgirem na cena mineira na última década. Apesar de nova no cenário, ela é formada por nomes de peso. Afinal, o vocalista/baixista Marcelo Loss foi um dos fundadores do Concreto, um grande nome do rock local; o guitarrista Adriano Avelar trabalhou com nomes importantes do rap e o baterista Teddy Bronsk, além de outro egresso do Concreto, foi um dos membros fundadores da lendária Witchhammer.
Essa mistura de estilos e experiência faz com que o segundo registro completo do grupo, “Human Factor”, tenha todos os ingredientes para funcionar a contento, trazendo um rock alternativo com a dose exata de peso e técnica. O fato de ter sido mixado e masterizado pelo renomado Tue Madsen (Behemoth, Rob Halford, Vader, etc.) contribui ainda mais para a qualidade do produto final, que tem uma sonoridade bem “limpa” e clara, com todos os instrumentos e a voz de Marcelo soando muito bem.
Obviamente que nada disso adiantaria se o conteúdo musical do álbum não ficasse à altura. O Loss investe em uma variação entre músicas em inglês e português, ainda que a maioria delas seja cantada no primeiro. Com flertes bem discretos com o heavy metal, o Loss bebe da antiga tradição dos power trios do rock and roll, trazendo uma linha de baixo e bateria marcantes e belos riffs de guitarra e solos bem encaixados, de forma bastante “crua” e “orgânica”, sem o uso de samples ou quaisquer outros instrumentos que não aqueles tocados pelos integrantes do grupo. Isso produz um material rico e agradável, tendo como destaque músicas como “Storm”, “Deus”, “The Mirror” e a faixa título, que fecha os trabalhos a contento.
Um esforço conjunto entre DMG e Som do Darma, “Human Factor” está disponível em todas as plataformas de streaming e em formato físico.
Agradecimento: Som do Darma.
Foto: press release
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