Resenha: “The unholy one” – Expulser

O Expulser é um dos grandes representantes da cena pulsante do metal mineiro que surgiu no final dos anos 1980 no estado. Formado em 1989 em Lavras, depois de lançar duas demos e um split eis que o quarteto então formado por Alessandro “Profano” (vocal), Alessandro Lima (baixo), Weber Daeahmon (guitarra e vocais) e Marcon´n Rodrigues (bateria) soltou no mercado seu primeiro álbum completo. “The unholy one” foi lançado em 1992 e relançado agora em 2020 pela Cogumelo Records. A nova versão de “The unholy one” vem em formato digipack,  capa e arte interna refeitas, som remasterizado e três faixas bônus, originalmente presentes no primeiro demo da banda, “Fornications”.

“The unholy one” é um álbum típico da cena mineira daquela época, ainda que o grupo absorva a influência de seus predecessores – com destaque para Sarcófago e Sextrash – mas dê tons de thrash metal para seu death metal aqui e ali, conseguindo um resultado que, certamente, agradará em cheio fãs não só das supracitadas como de todo aquele apreciador do metal extremo “raiz” produzido nas Minas Gerais. A influência do Sextrash também se faz presente nos títulos e na temática de algumas das letras, onde o foco é o sexo, o profano e o abuso do álcool.

“The unholy one” é um trabalho bastante direto, com o pé baixo o tempo todo, tendo alguns refrescos aqui e ali e diversas viradas impressionantes. Ele não apresenta muitas variações, algo típico da época, de forma que, às vezes, as músicas meio que se mesclam umas nas outras. Isso faz com que a audição do álbum seja bastante agradável (por falta de uma palavra melhor) e nem parece que o trabalho tem 50 minutos de duração, tamanha a rapidez com que ele passa. Dentro dos destaques individuais deste trabalho estão “Cirrhosis (let’s get drunk)”, “The unholy one”, “Screams of delights” e “Gore pussy of virgin (the rape)”

No fim das contas, é seguro dizer que  “The unholy one” é mais um tiro na mosca da Cogumelo, que tem feito um belo trabalho resgatando a história do melhor momento da cena do metal extremo mineiro. E, sejamos francos, do Brasil..

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