Em novo álbum, DFront SA traz a dor em perspectiva e entrega deathcore ainda mais indigesto

Talvez a primazia artística esteja diretamente relacionada ao quanto de subjetividade há numa obra. Afinal, expor-se, despir-se, exige não só muita coragem, como também verdade.E essas são exatamente as distinções de “Forte Teor Da Dor”, novo álbum do DFront SA.O grupo carioca formado por Silvio Guerra (vocal), Nathan Klak (guitarra), Gláucio Magalhães (baixo) e Magno Nascimento (bateria) está há 13 anos na estrada e “Forte Teor Da Dor”, que acabou de ser lançado em CD pela Voice Music e para todas as plataformas digitais, é seu terceiro álbum, sucessor dos elogiados “Do céu ao inferno” de 2016 e “Ceifado” de 2021.Em “Forte Teor Da Dor” o DFront SA entrega seu já característico deathcore, agora ainda mais indigesto dado justamente a forma particular com que a banda explorou o tema da dor: grande parte das músicas foram inspiradas em fatos reais vividas pela experiência médica em UTI do vocalista Silvio Guerra, que também é médico cardiologista e esteve trabalhando na linha de frente durante a pandemia de Covid19. “Nossa proposta para o álbum novo era clara desde sua concepção: explorar os diferentes tipos de sofrimento que os anos recentes nos trouxeram”, conta. “Fizemos isso sob diferentes perspectivas, primeiro no próprio âmbito de saúde, mas também de sentimentos, perdas físicas e sociais. Não diria que o trabalho é conceitual, porém há uma espinha dorsal que conecta as músicas, estabelecendo começo, meio e fim. Trabalhar em UTI e vivenciar o pior cenário possível de múltiplos óbitos, desesperança e medo que a Covid19 trouxe, foi uma experiência brutal. Convivíamos com aflição e dor diariamente e quando decidimos nos debruçar no assunto para exorcizar esses demônios e transformá-los em música, todo o processo foi catártico e terapêutico.”

Ainda segundo Silvio, a referência da dor não se limitou às letras do álbum, mas toda atmosfera sonora e estética notabilizam o tema. “’Forte Teor da Dor’ não se exime de escrutinar a mais profunda depressão e transformar em arte o sentimento genuíno de tristeza, revolta e ardor. O resultado é um trabalho de muito peso, violento nos detalhes e visceral em sua essência.”“Forte Teor da Dor” foi produzido pelo guitarrista Nathan Klak e reúne dez faixas: “Cura”, “Agonia”, “Severo”, “Lágrimas”, “Um Segundo”, “Punição”, “Rastro de Culpa”, “Discórdia”, “Fim do Mundo” e “Pandora”.

A capa do álbum é assinada pelo renomado artista Rômulo Dias (Edu Falaschi, Shaman, Medjay, etc).“Cura” ganhou um videoclipe e “Forte Teor da Dor” está disponível no Spotify, Deezer, iMusic, na Amazon e no Youtube. Já a edição física em CD está disponível nas principais lojas especializadas, entre elas a Black Rock Store.

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