Resenha: “A New Perception” – Human

Originário de Feira de Santana, o Human é uma banda que já tem algum tempo de estrada. Na ativa desde a década passada, o grupo tem em sua discografia o EP “Leaving the Shadows” (2012) e os álbuns “Sad Modern World” (2016) e este “A New Perception”, lançado digitalmente em 2022 e este ano em formato físico através de nossa parceira Som do Darma.

O Human é capitaneado por Níass (guitarra) e Rafael Sampaio (baixo). Quando da gravação de “A New Perception” a banda contava com Lucas Laudano (vocal) e Clauzio Maia (bateria). Desde o lançamento do álbum, no entanto, Rodrigo Sobrinho e Gilmar Ferreira assumiram os postos de Lucas e Clauzio, respectivamente.

Para aqueles que, como eu, desconheciam o trabalho do Human, “A New Perception” é um belo estímulo para correr atrás dos registros anteriores desses baianos que fazem um rock clássico com doses de hard rock e rock progressivo de maneira bastante competente.

A qualidade presente em “A New Perception” consegue ser percebida (com o perdão do trocadilho) logo de cara, com “Clay Idols”, uma faixa ritmada, com bom refrão e bom solo de Níass. “A Call of the Wild” segue a mesma fórmula, enquanto que “On the Way to Madness” quebra o ritmo apresentando a clássica balada lenta e emotiva, com alguns momentos de peso aqui e ali e um belo solo de guitarra. Sabe toda aquela atmosfera que as baladas das melhores bandas de hard rock dos anos 1980 trazem? Ela está presente aqui.

O clima mais lento, de balada, continua em “Unknown Sea“, um dos destaques individuais de “A New Perception”. Tudo funciona nela: ritmo, solo de guitarra, refrão, tudo muito bem pensado e combinado.

A faixa título vem na sequência e faz jus à ter emprestado seu nome ao álbum. Tem a melhor introdução de todo o trabalho e é outro dos destaques individuais de “A New Perception”. Após ela vem três faixas onde o Human dá uma desacelerada, mas continua mantendo a qualidade de seu trabalho. “Sea of Sensations” é a terceira balada do álbum, “Magic Key” é uma música instrumental mais calma, enquanto “Infodemic” é leve, cadenciada, traz um belo solo de guitarra e poderia muito bem figurar em um álbum de rock progressivo/psicodélico dos anos 1970, fechando muito bem “A New Perception”.

Em suas oito faixas, “A New Perception” é um belo cartão de visita para o belo som que esses baianos produzem. Como dito anteriormente, o álbum está disponível em formato físico nas melhores lojas especializadas (tais quais Die Hard, Aqualung e So What na Galeria do Rock de São Paulo) e online e para streaming na Apple Music, na Amazon, no Deezer, no Spotify e no Youtube.

Agradecimentos: Som do Darma.
Foto: Press-release encontrado no site oficial da Som do Darma.

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