O mundo pop cada vez mais pobre!

E morreu George Michael. É, o mundo da música pop vai ficando cada vez mais pobre. Depois de Michael Jackson (clique nas músicas para ver os clipes ou ouvir o áudio) (I’LL Be There, Don’t Stop ‘Til You Get Enough, Thriller, Beat It, Bad e Black or White), Prince (When Doves Cry, Kiss, Purple Rain e Raspberry Beret) e, por que não, David Bowie (Modern Love e Let’s Dance), que também teve sua fase pop, principalmente nos anos 80, agora é George Michael que encerra sua vitoriosa passagem por este plano.

Questão de opinião, pra mim ficam por aqui, como grandes representantes da música pop, Madonna e Elton John. Alguns dirão, com razão, que ainda estão por aqui cantoras como Beyoncé, Lady Gaga, Christina Aguilera, entre outras, ou Justin Bieber, Bruno Mars e Justin Timberlake. E, claro, todos estes, e outros que não foram citados, têm sua grande importância para o mundo pop, arrastam multidões em seus shows e já mostram uma carreira consolidada, que merecem todo o respeito. Mas quando digo grandes nomes, são artistas que são “aceitos” por pessoas com diferentes estilos musicais.

Basta passar o olho pelas redes sociais para constatar gente que gosta de rock, metal, pop e outros, lamentando a morte de George Michael. Não só questão de lamentar, mas grande parte desse pessoal já dançou, namorou ou simplesmente ouviu hits do cantor, assim como acontece com Madonna e Elton John. Gente que atravessou gerações, mudou estilos e criou um legado que ficará por aqui eternamente.

George Michael, um dos maiores nomes da história da música pop, atravessou mais de três décadas, sempre com muito sucesso e, principalmente, muita competência. Senão, vejamos. Nos 80’s, quando ele mais esteve em evidência, foram vários hits com sua banda Wham!, onde ele tinha como parceiro Andrew Ridgeley: Wake Me Up Before You Go-Go, Careless Whisper, Freedom, Everything She Wants, dentre várias outras.

A banda durou de 1981 a 1986, quando ele se lançou em carreira solo. E mostrou que seu sucesso não foi por acaso. Emendou uma fileira de hits. Logo em seu primeiro disco como cantor solo, Faith (1987), George Michael emplacou Faith, Father Figure, I Want Your Sex (I & II), One More Try e a ‘maravilhosa’ Kissing a Fool.

Faith é considerado um dos discos mais importantes história da música pop. Ganhou o Grammy na categoria Álbum do Ano em 1989 e vendeu 20 milhões de cópias em todo o mundo. Depois disso vieram Freedom 90, Heal the Pain, Jesus to a Child, Amazing , Too Funky e outras.

E o que dizer da ‘sensacional’ participação de George Michael no Tributo a Freddie Mercury, em 1992? Ele cantou ‘39, These Are the Days of Our Lives (ao lado de Lisa Stansfield) e Somebody To Love, ao lado do Queen, com Brian May (guitarra), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria). Um ano antes, ele se apresentou no Brasil, no Rock In Rio 2. Veja Careless Whisper.

Mas entre escândalos e páginas policiais, certo é que o cantor, um dos primeiros grandes nomes da música a assumir publicamente sua homossexualidade, deixa um legado impressionante, uma coleção de grandes sucessos e o mundo pop cada vez mais restrito. E para quem morre justamente no Natal, nada mais propício que terminar este texto com um de seus hits, ainda com o Wham!: Last Christmas.