King Of Bones se consolida com o álbum Don’t Mess With The King; conheça!

Mais uma colaboração do Marcos Paulo Fernandes Alves para o Rock Master.

Encerrada a promoção do álbum de estreia, “We Are The Law” (2013), o King Of Bones passou de promessa a realidade. Os meros músicos desconhecidos, Júlio Federici (vocal), Rene Matela (guitarra), Rafael Vitor (baixo), Renato Nassif (bateria) sentiram a resposta positiva durante a turnê em que realizaram diversos shows ao lado da banda de Andre Matos (ex-Angra, Viper, Shaman). Sem criar alarde ou forçar expectativa, os músicos foram conquistando fãs e formando uma base sólida de seguidores. O público, acostumado a ver bandas de abertura sem tanto interesse, ficou bastante surpreso com a performance da banda. Cada vez que eles sobem ao palco, pensam especificamente em mostrar seu valor e se divertir tocando suas músicas. Assim, além de conseguir cativar as pessoas, o grupo vem galgando degraus importantes para a sequência dos trabalhos.

Praticando um Hard’N’Heavy com influências de Dio, Ozzy Osbourne, Whitesnake, Harem Scarem e Blue Murder, os músicos conseguiram passar exatamente sua personalidade em “We Are The Law”, gravado no Norcal Studios com os produtores e engenheiros de som Brendan Duffey e Adriano Daga.

As ações dos músicos falam por si e assim como retratam no disco de estreia, eles seguem buscando a realização dos sonhos. O passo seguinte chega agora com o novo álbum, “Don’t Mess With The King”. O objetivo do quarteto é manter a base que foi conquistada e dar um passo além com este segundo álbum. A produção ficou a cargo de Henrique Baboom e a capa pelo Ilustrador Gustavo Sazes.


“Don’t Mess With The King”, surge então com o objetivo de consolidar a banda na cena nacional e, porque não, galgar por novos objetivos dentro do cenário internacional, já que o mercado europeu e asiático, principalmente tem se consolidado como uma alternativa positiva para as bandas do heavy metal brazuca, em detrimento da tão baixa popularidade que o gênero vem enfrentando nos últimos anos dentro do próprio país.

O resultado de tudo isso? É um trabalho profissional de um nível bem elevado e que demonstra que a banda tem buscado sim qualificar ainda mais o seu trabalho, com uma ótima produção e um trabalho de masterização muito condizente com a proposta que apresentaram com o novo CD. É de se elogiar o trabalho do produtor Henrique Baboom, que soube captar bem o que a banda ansiava e colocou de maneira clara e objetiva todo o seu trabalho de mix e masterização, deixando com que a qualidade do som da banda fosse bem identificada ao longo do álbum.

A respeito das canções, que é o mais importante a ser analisada por esta resenha, percebe-se que a banda cresceu demais nestes últimos quatro anos, muito por conta desta preocupação de se fazer um baita trabalho de qualidade para se consolidar no cenário nacional. A começar pelo vocalista Julio Federici. Ele demonstrou uma evolução muito grande na sua forma de cantar, pois não ficou somente dentro do heavy metal (ou até mesmo do hard rock). Mostrou toda sua desenvoltura em músicas que, as vezes exigia as vezes um vocal mais melódico e com menos agudo, como algumas faixas com uma pegada mais pop/hard, como Hold Me Closer.e Wherever You Are.

Já o guitarrista Renê Matela, também soube demonstrar toda a sua categoria ao decorrer do álbum. O músico conseguiu mesclar suas inúmeras influências musicais com a sua versatilidade e originalidade nos solos e nas participações como backing vocal. Os solos estão maravilhosos neste álbum e pouco enjoativos. Isso demonstra o cuidado do guitarrista em encaixar sua melhor combinação de solo sem parecer clichê demais ao que se vê em trabalhos deste mesmo estilo.

O baixista Rafael Vítor também se destaca bem, embora para muitos possa ficar despercebido, mas o mesmo mostrou toda sua contundência como músico e soube compor toda a base e alguns solos de forma que não ficasse algo tão virtuoso demais e muito menos como aquela base de cozinha muito conhecida no rock, onde o baixo e a bateria só acompanha e pouco se destaca. O mesmo teve um bom entendimento do seu trabalho e soube realizá-lo de forma maravilhosa, principalmente na construção das bases musicais.

Por fim, o baterista Renato Nassif, também soube ser bem contundente, embora não apresentou um trabalho solo tão destacado dentro do álbum. Nada que comprometesse muito a qualidade do álbum, até porque não é necessário que todo batera faça coisas absurdas para mostrar sua competência como um grande instrumentista. Renato já mostrou um pouco mais daquela simplicidade positiva e mesmo com aquele estilo de mais marcação de tempo e de poucas viradas e solos. Característica esta que foi a marca da banda ao longo do CD, simples, direta e objetiva.

Destaques que dou aqui em relação as faixas são para “No Way Out” (clique aqui e ouça a música) após uma bela introdução que se mostrou mais como uma ótima carta de apresentação, “Walking On The End” (clique aqui e ouça a música) que considero como a melhor faixa do álbum por apresentar um pouco mais da característica do hard/heavy que a banda apresentou em todos estes anos. Talvez o álbum tenha pecado por faltar músicas de mais peso e que realmente enaltece melhor o trabalho da banda, com isso falte um pouco daquele entusiasmo e aquela boa empolgação de quem vai ouvir o CD pela primeira vez, embora note-se uma grande evolução de trabalho da banda nos últimos anos. Por fim, vale ressaltar a última canção, “Point Of No Return” (clique aqui e ouça a música) que também teve um pouco mais agressividade.do que boa parte do álbum, além dos belos solos do Renê Matela.

Por fim, levando em consideração todo o processo de gravação mais as composições musicais e escrita além do trabalho individual de cada músico para o álbum, este mesmo levará uma NOTA: 7,5, justamente por conta desta análise em cada faixa. Espero que tenham gostado e que possa bastante desfrutar o belo trabalho da banda.

OBS.: Os parágrafos em itálico foram retirados do site da banda https://www.kingofboes.com.br para elucidar a apresentação da banda.

Ouça a última edição do Programa Rock Master, com entrevista exclusiva com o guitarrista Kiko Loureiro:

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