(Fotos: Larissa Kumpel/Divulgação)
Centro de Belo Horizonte. Coração da capital mineira. Lá está a Galeria Praça 7, ou melhor, a Galeria do Rock. É assim que muitas pessoas que trabalham no local chamam a galeria, que já passou por tempos bicudos, com várias lojas sendo fechadas e muitos comerciantes se afastando do local. Mas os tempos agora são outros. É o que garante Marcos Taveira (foto), síndico do prédio.
Segundo ele, existem 75 lojas e um telemarketing que ocupa o espaço equivalente a 25 lojas. “Hoje temos apenas oito lojas para locação sendo, portanto, 67 alugadas. Chegamos a ter 23 lojas alugadas no ano de 2014”, diz. A galeria foi inaugurada em 1962 e algumas lojas estão lá há muito tempo. “Temos a All Wave, de 1986. Temos os bares Fórmula 1 e Rei do Chopp, que são da década de 70, e algumas óticas com mais de 30 anos no prédio.”
No local, convivem, da forma mais harmoniosa possível, pessoas que buscam conserto de celular, ou quem quer dar aquele retoque nos óculos. Ainda estão lá os que querem fazer um lanche ou almoçar. E ainda a turma que gosta de uma bela tatuagem. Mas os roqueiros são os que mais fazem a festa. Na galeria é possível encontrar de camisas de bandas de rock, a CD’s, DVD’s, discos de vinil, pôsteres e muitos outros acessórios voltados para os amantes do estilo.
Marcus é lojista desde 2001 e se tornou proprietário de imóvel em 2010. “A partir daí fui sondado para assumir o condomínio devido ao modelo de gestão implantado em minha loja. Naquele momento, a galeria encontrava-se em extrema dificuldade financeira e chegou a ser fechada pelo Corpo de Bombeiros. Então, a partir de 2015, aceitei o desafio de administrar o prédio, que tinha cerca de R$100 mil dívidas. Equacionamos as dívidas e readequamos o balanço, reduzindo drasticamente os custos e hoje quitamos todos os débitos”, disse.
Sobre a parte física do prédio, Marcus também lembra que já foram feitas melhorias, e outras ainda estão por vir. “Reformamos toda nossa rede hidráulica e acabamos de receber o projeto de revitalização das fachadas, que deverá ser executado no início de 2018”, adiantou. “O que esperamos para o futuro é que a gestão pública tenha a sensibilidade de devolver aos belo-horizontinos um Centro da cidade em que as pessoas se sintam bem e possam passear e fazer suas compras com segurança e tranquilidade. A nossa parte estamos fazendo”, garantiu.
Outra loja que está na galeria há muitos anos é a Purple Records. Segundo o proprietário, João Batista, o momento da loja, juntamente com o restante da galeria, é promissor. “Meu momento já foi excelente. Há três anos piorou demais, e de um ano para cá melhorou, e vem melhorando mês a mês”, comemorou.
A loja é conhecida por ser uma das grandes vendedoras de discos de vinil de Belo Horizonte. “A procura por vinil tem aumentado muito, com isso os preços têm subido na mesma proporção. Já está quase quase impossível encontrar discos de vinil em excelente estado de algumas bandas clássicas, e quando acha, com certeza são valores superiores a R$100”, diz.
Quem também comemora o bom momento da galeria é José Augusto Guimarães Pereira, proprietário da Ótima Rachel. Ele está no local desde 1981, mas a ótica existe desde 1978. “Apesar de estar consolidado no mercado há muito tempo e ter muitos clientes, passamos maus momentos em 2014 e 2015. Desde então, tem melhorado em ritmo lento, mas tenho percebido uma melhora constante. Lenta mas constante”, disse.
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