Mais uma colaboração do Rodrigo ‘Piolho’ Monteiro para o Rock Master.
“Whocantbenamed” é o primeiro álbum do Heavenless, banda formada em Mossoró, Rio Grande do Norte, que é mais uma mostra da qualidade do som pesado que o nordeste brasileiro vem apresentando constantemente para o resto do país.
A proposta do Heavenless é fazer som extremo, brutal, mas não desprovido de momentos mais cadenciados. Para isso, o trio formado por Kalyl Lamarck (voz e baixo), Vinicius Martins (guitarra) e Vicente “Mad Butcher” Andrade (bateria) abarcou diversas influências diferentes em seu som, do thrash ao death, passando pelo doom e mesmo estilos que levam terminação “core” em seu rótulo (deathcore, metalcore, hardcore, etc), trazendo elementos mais modernos ao seu som. Isso tudo se mostrou uma receita bem apimentada e a mistura soa muito boa.
Uma das principais características de “Whocantbenamed” é que a banda soube variar bem suas composições. Temos faixas mais retilíneas como “Deceiver” variando com aquelas onde há diversas mudanças de tempo (“Enter Hades”) e aquelas com o acompanhamento mais arrastado, como “Reclaim” (cujo clipe você pode ver clicando aqui). Pode-se notar o esmero da banda nas composições, dando bastante atenção aos riffs de guitarra, enquanto que praticamente não há solos do instrumento – um detalhe menor que não incomoda – e à bateria. O baixo de Kalyl é bem discreto, mas seu vocal gritado/gutural passa toda a raiva e energia que a sonoridade do Heavenless precisa transmitir.
Lançado no começo de 2017, “Whocantbenamed” é uma bela estreia e tem tudo para agradar fãs de música pesada no estilo de Slayer e Sepultura.
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