Confira como foi o Angra Fest em Belo Horizonte

Olha mais uma colaboração do Rodrigo “Piolho” Monteiro para o Rock Master.

Fotos: Iana Domingos

Depois de uma bem-sucedida passagem por Ásia e América do Norte, o Angra voltou ao Brasil para a segunda parte da turnê de divulgação de seu novo álbum, “Omni”, lançado no começo do ano. Para essa continuação da turnê, a banda decidiu organizar um pequeno festival. Intitulado Angra Fest, ele aconteceu em Belo Horizonte no domingo, dia 25 de novembro, na casa de shows City Hall.

A noite foi aberta pelo Tuatha de Danann, banda mineira adepta de um folk metal bastante alegre e pra cima, que, apesar de todos os problemas aos quais nos referiremos ao final deste texto, empolgou bastante o bom público presente.

O Tuatha iniciou sua apresentação com “We’re Back”, música presente em “Dawn of a New Sun”, álbum lançado em 2015 e que marcou a volta à cena do grupo mineiro após um hiato de 11 anos. Ao longo de sua apresentação, que teve por volta de 45 minutos, o Tuatha colocou o público no clima ideal para o evento, passeando por toda a sua discografia. Destaques do show ficam para as clássicas “Tan Pinga Ra Tan”, “Finganforn”, “Believe! It’s True” e “Dance of the Little Ones”.

A troca de palco foi rápida e logo o Boça (Felipe Torres), “tour manager” do Massacration entra no palco com a rotina que há bastante tempo marca os shows da banda. Boça faz piadas a respeito do grupo, diz que o show deles vai começar atrasado e que, devido a isso, ficará responsável pelo entretenimento do público pelas próximas três horas.

Isso é a deixa para que Joselito (Adriano Pereira) adentre o palco arrebentando uma ripa de madeira (de isopor) na cabeça do “tour manager” e abra espaço para Detonator (Bruno Sutter – vocal), Red Head Hammet (Franco Fanti – guitarra falsa), Metal Avenger (Marco Antônio Alves – guitarra principal), El Muro (baixo) e Ricardo Confessori (bateria) adentrem o palco já executando “Metal is the Law”. O guitarrista base Headmaster (também Adriano Pereira) se juntou à banda ali pela quarta música.


Ao longo de sua apresentação, o Massacration consegue entreter o público e fazer um show que mistura piadas com música pesada de maneira bastante orgânica. Desde o último show deles ao qual o Rock Master compareceu, pouca coisa mudou no tocante ao setlist, com músicas como “The Bull”, “Metal Milkshake”, “The Mummy” e “Dental Metal Destruction” marcando presença. O que mudou foram algumas brincadeiras e participações especiais. No geral, o Massacration, “a maior banda de metal do universo”, apresentou, novamente, um bom espetáculo que deixou todos no City Hall bem empolgados.

Finalmente, chega a grande atração. O Angra foi novamente, praticamente impecável, com um show que, como sempre, deixou todos os presentes no City Hall empolgados. Sendo a segunda passagem da banda pela cidade este ano (mais sobre a primeira aqui), foram poucas as surpresas com relação ao setlist anterior.


No mais, não há muito a se dizer do Angra que já não foi dito anteriormente. Rafael Bittencourt (guitarra) é um cara carismático, que interage bastante com o público, o mesmo valendo para Fábio Lione (vocal), que, aliás, parece que canta mais a cada dia. Felipe Andreolli (baixo) é sempre apresenta boa presença de palco, enquanto Bruno Valverde (bateria) e Marcelo Barbosa (guitarra) se mostram cada vez mais à vontade em sua “nova” banda. Impressiona também como o público belorizontino é devoto ao Angra. Não importa quantas vezes a banda venha à capital mineira, seus shows são sempre garantia de bom público e bom entretenimento.

A nota negativa da noite foi o excessivo atraso no começo do evento. Segundo a programação divulgada, as portas do City Hall deveriam ter sido abertas às 17h00, com a primeira banda da noite subindo ao palco às 18h00 e a última às 20h30. No entanto, o Tuatha só começou o seu show por volta das 20h10, ou seja, mais de duas horas após o programado. Apesar de o público de rock and roll e heavy metal já estar acostumado a atrasos nos eventos do estilo, há que se trabalhar para que essa tradição seja, aos poucos, eliminada de nossa cultura.

O Rock Master agradece à Eliel Vieira (EV7 Live) e Márcio Siqueira (MS BHz) pela parceria que nos proporcionou mais essa cobertura.