Resenha: Cancer é death metal “raiz” de primeira

Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo ‘Piolho’ Monteiro para o Rock Master!

O Cancer é uma daquelas bandas de metal extremo que tem uma história bem clichê para esse tipo de grupo. Formada no final da década de 1980 por John Walker (guitarra/vocais), Ian Buchanan (baixo) e Carl Stokes (bateria), o Cancer lançou duas pauladas no início da década seguinte: “To the Gory End” (1990) e “Death Shall Rise” (1991), que tornaram o trio inglês um dos grandes nomes do death metal na primeira metade dos anos 1990.

Em 1996, a história do Cancer teria uma parada, depois do álbum “Black Faith” (1995) ter ficado abaixo do esperado por público e crítica. A banda permaneceu inativa até 2005, quando um retorno foi ensaiado com “Spirit in Flames”. O álbum, novamente, falhou em chamar a atenção devida e o Cancer separou-se novamente. Finalmente, em 2013 os membros originais resolveram que era hora de voltar à ativa e, cinco anos depois, lançaram “Shadow Gripped”, que chegou ao Brasil via Hellion Records, e é uma bela surpresa.

Depois de alguns acertos, desacertos e flertes com outros estilos e subgêneros do metal extremo, o Cancer voltou a produzir o que sabe fazer melhor: death metal “de raiz”, puro, simples, pesado, com letras versando sobre, principalmente, temas relativos à morte. A exemplo de diversas bandas de metal extremo surgidas em terras britânicas (o Cancer foi formado em Ironbridge, Inglaterra) nos anos 1990, o Cancer investe muito mais no peso do que na rapidez e fazem isso com bastante precisão e competência.

Com faixas como “Garrotte”, “Ballcutter” e “Thou Shalt Kill” como grandes destaques, “Shadow Gripped” é um álbum que tem tudo para agradar fãs de bandas como Orbituary, Benediction e Malevolent Creation.

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