Mais uma colaboração do Rodrigo ‘Piolho’ Monteiro para o Rock Master. Os cliques são do repórter fotográfico Alexandre Guzanshe.
O Grave Digger, uma das precursoras do power metal alemão desembarcou no Brasil na semana passada para uma série de cinco shows. O segundo deles aconteceu no dia 26 de abril (sexta-feira) em Belo Horizonte. Por ser a primeira passagem pela capital mineira e, dado o seu legado e importância no mundo do heavy metal, a apresentação merecia um público mais numeroso. Aqueles que compareceram, no entanto, fizeram a sua parte e foram presenteados com uma bela performance do quarteto alemão.
A apresentação do Grave Digger aconteceu no Mister Rock, casa que passou a ser a principal escolha para shows de bandas de pequeno/médio porte na capital mineira. Passava pouco das 21h00, hora marcada para o evento, quando o principal roadie da banda adentra o palco vestido de Morte (manto e máscara de caveira), a mascote do Grave Digger enquanto a indefectível introdução rolava no PA. Sem muito alarde, Jens Becker (baixo), Axel Ritt (guitarra), Marcus Kniep (bateria) adentraram o palco, logo seguidos pelo vocalista Chris Boltendahl, único membro remanescente da primeira formação da banda. Os trabalhos foram iniciados com “Fear of the Living Dead”, faixa presente em “The Living Dead”, álbum lançado no ano passado e motivador da turnê.
Pelas quase duas horas seguintes, o Grave Digger tocou o puro power metal alemão que sabem fazer tão bem. Nem mesmo os pequenos problemas no sistema de som durante as primeiras músicas atrapalhou o quarteto, que deu uma aula de profissionalismo no palco.
“Fear of the Living Dead” deu lugar à “Tattooed Rider” e, daí em diante, o que se seguiu foi uma sequência de clássicos da banda alternando-se com músicas mais recentes, principalmente, claro, aquelas presentes em “The Living Dead”. Ao longo do set, que, em sua primeira parte contou com músicas como “The Dark of the Sun”, “Blade of the Immortal” e “Lionheart”, Chris Boltendahl provou ser um típico vocalista alemão, interagindo com o público, brincando e mostrando-se bastante carismático. Se achou que a casa estava menos vazia do que poderia, não demonstrou nada nesse sentido.
A primeira parte do show do Grave Digger se encerrou com duas de suas músicas mais famosas. “Excalibur” e “Rebellion (The Clans Are Marching)”, essa a mais conhecida produção do Grave Digger, que teve direito ao roadie vestido de Morte voltar ao palco com uma gaita de foles.
Como já é praxe em shows de heavy metal atualmente, mal saiu do palco o quarteto alemão retornou para o bis, composto de “Healed By Metal”, a divertida “Zombie Dance”, “The Last Supper” e aquela que, talvez, seja a música mais clássica da banda, executada em todos os shows desde que o Grave Digger começou a fazer turnês. “Heavy Metal Breakdown” fechou de maneira bem satisfatória, ainda que nada imprevisível, a primeira passagem do Grave Digger por Belo Horizonte.
O show do Grave Digger em Belo Horizonte foi bem organizado, no sentido em que não ocorreram os atrasos aos quais estamos acostumados. O Mister Rock tem uma boa estrutura e a banda mostrou-se em forma em cima do palco, dando tudo de si pelo tempo em que permaneceram no palco. Se há uma nota negativa é o fato de o público de Belo Horizonte, mais uma vez, ter decepcionado em termos de números. Mas isso foi compensado em termos de energia e empolgação, com o público cantando, gritando o nome da banda e fazendo com que o Grave Digger se sentisse bem acolhido.
O Rock Master agradece à EV7 Live pela parceria que proporcionou mais essa cobertura.
Ouça a edição mais recente do Programa Rock Master:
Se preferir, clique no banner abaixo e escolha qual edição do Programa Rock Master quer ouvir: