Resenha: “A Fridge Too Far”, do GBH, é punk inglês clássico

Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo ‘Piolho’ Monteiro para o Rock Master!

A Charged GBH – ou, como é mais conhecida, GBH – foi formada no fim dos anos 1970 em Birmingham, Inglaterra, por Colin Abrahall (vocal), Colin “Jock” Blyth (guitarra), Ross Lomas (baixo) e Andrew “Wilf” Williams (bateria). Desde o começo a proposta da banda era mesclar a raiva do punk com a energia do então nascente NWOBHM, movimento de heavy metal popular na Terra da Rainha então.

Ao longo de sua carreira, a GBH se tornou uma das bandas pioneiras do dito street punk, ao lado de nomes como Discharge, Broken Bones, The Exploited, e The Varukers. A fama dos caras chegou mesmo ao Brasil e influenciou bastante a famosa cena punk de São Paulo nos anos 1980. Não só isso, a infuência do GBH rompeu também fronteiras de estilo, chegando a ser sentida nos primeiros álbuns do Bathory, um dos ícones do metal extremo mundial.

“A Fridge Too Far”, quinto registro do quarteto britânico, relançado por aqui pela Hellion Records, é uma síntese da proposta sonora do GBH. O álbum traz um street punk nervoso e cheio de energia, ou seja, algo nada diferente do que estamos acostumados a escutar de bandas desse estilo musical. Há uma influência de hardcore aqui e ali, mas nada que faça com que “A Fridge Too Far” saia do punk e se encaixe no crossover do English Dogs, por exemplo. Um destaque vai para o estilo vocal de Colin que, em alguns momentos, lembra um pouco (bem pouco, mas lembra) um jovem Paul Di’Anno.

Com doze faixas transbordando de energia, “A Fridge Too Far” é uma boa pedida para aqueles que não estão muito familiarizados com o trabalho desta que é, repetimos, uma das mais influentes no cenário punk/hardcore.

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