Texto: Rodrigo “Piolho” Monteiro (sobre press-release)
O músico, compositor e cantor Jair Naves é um dos principais nomes da cena autoral brasileira contemporânea. Aos 17 anos começou na música integrando a banda Okotô. Na sequência, foi vocalista e um dos fundadores da Ludovic, banda independente com a qual ele viajou por diferentes cantos do Brasil. Anos mais tarde se lançou na carreira solo, cuja discografia é formada pelos EPs “Araguari” (2010) e “Atirado ao Mar” (2015) e pelos álbuns “E Você Se Sente numa Cela Escura, Planejando a Sua Fuga, Cavando o Chão Com as Próprias Unhas” (2012) e “Trovões a Me Atingir” (2015). Após o lançamento de “A Flash of Feeling”, álbum feito junto à cantora estadunidense Britt Harris, no ano passado, em 2019 retoma sua carreira solo com o terceiro álbum de inéditas, “Rente”, produzido por ele mesmo, gravado e com mix por Zeca Leme (BTG Studio) e master por Fernando Rocha.
“Eu acredito que esse disco é a reação de uma pessoa comum a mudanças muito simbólicas e significativas – tanto de espaço físico como às alterações drásticas no cenário político e na mentalidade coletiva”, comenta Jair. “Estamos todos esgotados mentalmente pelo excesso de estímulos, informações, tensão social, etc. Creio que a maior parte das faixas aborda esses temas, de uma forma ou de outra”, revela o compositor, que assina todas as composições de Rente.
Ao longo das doze faixas, partindo da perspectiva de um não-lugar, o artista reflete sobre temas urgentes gerados por tempos catastróficos e exaustivos.
Rente pode ser ouvido aqui.
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