Resenha – “Resilient Heart” – Reece

Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo ‘Piolho’ Monteiro para o Rock Master!

O vocalista David Reece é mais conhecido pela sua curta passagem pelo Accept. Reece foi escolhido pelo grupo para substituir Udo Dirkschneider quando este foi demitido da banda em 1987 e esteve à frente dos vocais da banda apenas no álbum “Eat the Heat“, de 1989. O álbum não foi muito bem aceito pelos fãs por representar uma mudança na sonoridade da banda e, também devido a isso, logo após a turnê de divulgação do trabalho, o Accept entrou em um hiato e Reece perdeu o emprego.

Ele, no entanto, continuou ativo, prestando serviços para bandas como Bangalore Choir (fundada por ele), Sircle of Silence, Bonfire e Sainted Sinners, dentre outros. Paralelamente, David manteve uma carreira solo com o Reece. “Resilient Heart” é seu terceiro álbum solo e é um dos grandes trabalhos de hard/heavy rock lançados este ano por aqui.

Para “Resilient Heart” David Reece recrutou um quarteto dinamarquês bastante competente, ainda que desconhecido: Marco Angioni e Martin Jepson Andersen (guitarras), Malte Frederik Burkert (baixo) e Sigurd J. Jensen (bateria). E o quinteto entrega um excelente álbum de com pitadas de heavy metal aqui e ali, de maneira bem azeitada.


Anytime at All” abre os trabalhos com o pé direito, trazendo um hard rock direto, enérgico e empolgante. Ela dá o tom do álbum como um todo. “Wicked City Blues” investe no refrão melódico e grudento, com “Karma” seguindo a mesma toada, culminando em “Desire“, uma das melhores músicas de todo o álbum. Um heavy rock para ninguém botar defeito.

Sendo um típico álbum de hard rock, “Resilient Heart” tem seus momentos mais calmos nas baladas “I Don’t Know Why” e “Forest Through the Trees” onde a influência de Queen e Led Zeppelin está claramente presente. Entre uma e outra temos “Two Coins and a Dead Man” onde a dupla Angioni e Andersen mostra ao que veio e “Ain’t Got the Balls“.

Resilient Heart” chega ao seu auge com “A Perfect Apocalypse“, que traz tudo o que se espera de uma música de hard rock bem feita: refrão grudento, solos e riffs de guitarra empolgantes e todos os fatores que tornam quase impossível não bater cabeça enquanto ela toca. O álbum segue em alto nível em “Live Before you Die” e em “I’m the One“, que encerra a versão lançada por aqui pela Hellion Records.

Ao todo, “Resilient Heart” traz 11 faixas do mais puro e honesto hard rock que qualquer um poderia esperar. É empolgante, é melodioso, tem groove, enfim, é um álbum praticamente obrigatório para qualquer fã do bom e velho hard rock produzido nos Estados Unidos nos anos anteriores à invasão grunge.

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