Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo ‘Piolho’ Monteiro para o Rock Master!
Os anos 1980 foram bastante férteis para o rock and roll e o heavy metal, especialmente em países como a Alemanha. Diversas bandas que surgiram especialmente na primeira metade daquela década em terras germânicas ajudaram a moldar o estilo. Helloween, Accept, Grave Digger e Blind Guardian são algumas dessas. Outras surgiram, gravaram alguma coisa e desapareceram do radar. Este é o caso do Crack Jaw.
O Crack Jaw é uma daquelas bandas que são tão obscuras que muito pouco se sabe dela. O quinteto formado por Stephan Kiegerl (vocal), Holger Eckstein e Jürgen Schulz-Anker (guitarras), Gerrit Eisenmenger (baixo) e Markus Klinke (bateria) em Frankfurt gravou uma demo tape intitulada “Heavy Rock” em 1983, este “Nightout” em 1985 e mais uma demo em 1988. Depois disso, não se ouviu mais nada a respeito da banda até 2016, quando o Crack Jaw voltou à cena com “Branded” antes de sumir de novo. Segundo diversos sites especializados, o status atual da banda é “dividida”, o que significa que ela não existe mais.
Independente disso, “Nightout” é um registro bem legal e reflete bem o estado do rock pesado na Alemanha nos anos 1980. O álbum não tem nada de excepcional – e este pode ser um dos motivos da banda ter tido uma carreira tão curta – mas também não é ruim. O grande problema – ou não, vai de cada um – de “Nightout” é justamente o fato de a banda fazer exatamente o que suas ditas concorrentes faziam, mas com menos melodia e maestria.
O parágrafo acima parece dar a entender que “Nightout” é um álbum ruim. Não é. O fato de ele não ser excepcional não significa que não tem suas qualidades. O álbum tem treze músicas do mais puro heavy rock/heavy metal alemão, com faixas como “Nightout“, “Galley Without Aim“, “Seven Days of Wonder“, “Helluva Sound“, “Still Wanna Rock” e “Breaking the Oath“, que fecha o trabalho, como destaques. Estas três últimas – excelentes, por sinal – são faixas bônus deste relançamento, que, no Brasil, coube à Hellion Records.
O encarte de “Nightout” merece um comentário a parte, pois traz toda a história da banda em alemão e inglês, fotos de apresentações ao vivo, as letras de todas as músicas e uma entrevista com Jürgen Schulz-Anker concedida em 2015.
“Nightout” é recomendado para aqueles colecionadores de material dos primórdios da cena do heavy metal alemão e fãs dos primeiros trabalhos de Accept e Sinner.
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