Resenha: “Controlled Demolition” – Paragon

Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo Monteiro para o Rock Master!

Fundado pelo guitarrista Martin Christian em Hamburgo, Alemanha, na primeira metade dos anos 1990, o Paragon é um dos mais consistentes nomes da cena do heavy metal germânico, transitando pelo mesmo ambiente de grupos como Gamma Ray, Helloween e, principalmente, Accept.

Controlled Demolition”, seu décimo segundo álbum, foi lançado em abril deste ano lá fora (e aqui pela Hellion Records) e traz um heavy metal germânico com bastante energia, fortemente focado nos riffs e solos de guitarra e recheado dos demais clichês do gênero. O que é bom, porque é exatamente isso que os fãs de uma banda como o Paragon esperam. Nada de modernidades ou adição de novos elementos em sua sonoridade. O que o Paragon faz é o puro e simples heavy metal consagrado pela escola alemã.

Isso faz com que “Controlled Demolition” seja um álbum bastante regular, sem muitas variações de altos e baixos ao longo de suas onze faixas. A faixa título, que abre o petardo e, curiosamente, é instrumental – uma escolha rara – já dá uma ideia do peso a ser encontrado e de como o som do álbum será focado no trabalho da dupla de guitarristas formada por Martin Christian e Jan Bertram. Um movimento natural, haja vista o fato da produção do álbum ter ficado, novamente, a cargo de Piet Sielck, nome por trás do Iron Savior. Piet sabe, como poucos, moldar álbuns de heavy metal tradicional alemão para que o resultado final seja o melhor possível. Além de Martin e Jan, o Paragon ainda conta com Andreas Babuschkin (vocal), Jan Bünning (baixo) e Sören Teckenburg (bateria). O guitarrista Günny Kruse também está creditado no álbum, ainda que se apresente apenas ao vivo com a banda, substituindo Martin.

Detalhes a parte, mesmo sendo um álbum bastante regular, sem nada que salte muito aos ouvidos, o que não é nem um pouco ruim se o ouvinte dispensa aspectos mais sinfônicos ou virtuose excessiva, “Controlled Demolition” tem suas pérolas. Curiosamente, elas se concentram na segunda metade do álbum. “Controlled Demolition”, “Reborn” e “Deathlines” abrem o álbum em grande estilo, enquanto que “Blackbell”, “The Enemy Within”, “Black Widow” e “… Of Blood and Gore” trazem as melhores composições, refrãos, solos e riffs de todo o álbum. Sabem aqueles programas de TV que guardam os destaques para o final, visando segurar a audiência no alto o máximo de tempo possível? É essa a sensação que “Controlled Demolition” traz. Ele começa bem, dá uma pequena esfriada e chega aos destaques em sua reta final.

No fim das contas, “Controlled Demolition” é mais do mesmo. Heavy metal alemão enérgico, pesado, rápido e com todas as características conhecidas e que consagraram o gênero nos anos 1980. O Paragon não tenta, em nenhum momento, reinventar a roda. E nem deveria mesmo.

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