Gradativamente a Opus V vem galgando espaço na cena metal nacional e, após lançarem o clipe de “Universe Of Truths, Pt. 2”, o grupo volta suas atenções a outro vídeo, agora para o single da faixa-título do próximo álbum e a arte é criação de Jean Michel, assim analisada pelo tecladista Dio Lima: “Trata-se da máscara da hipocrisia e do ego sendo partida, dando início ao ‘Novo Império’ – daí o título: ‘A New Empire Rise’”.
Beirando oito minutos, “A New Empire Rise” foi gravada no Mr. Som Studio, a produção tem assinatura de Marcelo Pompeu, a mixagem ficou a cargo do próprio Dio e a masterização foi feita por Acle Kahney, guitarrista do TesseracT. Completam o quinteto o vocalista Paulo Henrique, o guitarrista Lucas Araújo, o baixista Tiago Moreira e o baterista Miguel Muniz.
O músico comenta a situação atual vivida por ele e os companheiros: “A Opus V reacende com essa nova formação e estamos vivendo um dos melhores momentos nesses onze anos entre projeto e banda. Produzimos muito mais em dois anos do que em quase dez enquanto projeto de estúdio. Sempre quisemos sair do virtual e cair na estrada, tocar essas músicas ao vivo e ver a reação do público”.
Ele ainda destaca a abertura para o Angra no Espaço Leste em 19/06: “Posso dizer que quem esteve por lá não me deixa mentir. Foi um dos momentos mais marcantes da minha carreira ouvir uma multidão, que não estava lá exclusivamente para nos ver e ouvir, gritar e pedir bis ao anunciarmos que seria nossa última música. Foi incrível! Não posso reclamar, pois 2022 está sendo incrível tanto para a Opus V quanto para mim profissionalmente”.
E se você estranhou o direcionamento do tom em primeira pessoa, vale lembrar que Dio tem sido o tecladista do Angra na turnê de celebração de duas décadas de Rebirth: “Ter sido escolhido para o posto num momento tão especial do retorno deles aos palcos foi a coroação de uma vida voltada à música, especialmente ao heavy metal. Quem não se influenciou por algum desses caras?”.
Bem humorado, ele arremata: “Em off: completo 39 anos em novembro, então minha fase de descobrimento do Angra foi em ‘Holy Land’, justamente a música que abre os shows dessa tour antes de tocarmos Rebirth na íntegra. Tenho momentos memoráveis quando inicio piano e voz em ‘Millenniun Sun’ com Fábio Lione, um dos vocalistas mais indestrutíveis que já vi. Fora toda a experiência pessoal de estar com esses caras viajando o Brasil, conhecendo não só o artista, mas a pessoa por de trás de tudo isso, e destaco a sensibilidade e o carinho do Rafael Bitencourt! O cara é realmente o gênio musical por de trás de tudo isso junto ao Felipe Andreoli, que, para mim, está no Top 5 dos melhores baixistas de metal progressivo no mundo”.
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