Cebola lança ‘Brandura’, seu primeiro disco autoral

Foi lá atrás, aos 13 anos, quando compôs sua primeira canção, que Túlio Lima – mais conhecido como Cebola, começou a sonhar com a gravação de um disco seu. Agora, esse sonho vira realidade a partir de 12 de agosto, em todas as plataformas digitais com a chegada de “Brandura”.

Apesar de compor desde pequeno, Cebola só passou a levar a música a sério quando entrou para a banda Daparte que já, no primeiro disco, contou com duas composições dele – “A Cidade” e “A Vista”.

“Com o passar do tempo, a experiência em diversos palcos, a relação com o público e o crescimento da banda, passei a entender o impacto que uma criação minha poderia ter sobre as pessoas, e as dimensões que a música pode tomar quando o trabalho é feito com verdade e competência”, explica Cebola.

Aí, passou a compor já com um possível disco solo em mente, mas sem nunca dar o primeiro passo para fazer isso acontecer. Depois de cinco anos com a Daparte, ele percebeu que era chegado o seu momento.

“Acho que existe uma diferença considerável entre meu disco e o trabalho com a Daparte, até porque a banda trabalha em sua maioria com composições dos dois vocalistas, João e Juliano. Apesar de meus parceiros, eles têm uma afinidade muito grande para compor em parceria um com o outro, e o resultado acaba caracterizado por uma estética mais jovem e contemporânea. O meu disco, ‘Brandura’, foi pensado e concebido de uma maneira mais fluida, sem foco em uma geração específica. Pode soar moderno em alguns momentos e antigo em outros, com uso de uma linguagem que considero universal”, comenta.

De uma maneira geral, é um disco mais intimista, com muitas baladas, canções mais lentas e letras que tratam dos sentimentos presentes no nosso dia a dia: amor, perda, angústia, ansiedade, esperança… “Tópicos com o quais todos somos capazes de nos identificar”, conta Cebola que completa: “mas tem música com mais pegada também, mais groove e dançante”.

“É um disco bastante visceral, onde tudo vem de um lugar muito pessoal. São músicas que, mesmo hoje, ainda mexem muito comigo”, diz.

Segundo Cebola, é um álbum que vai fazer as pessoas o conhecerem por inteiro como compositor e músico. “O corpo instrumental foi todo gravado por mim, as canções são todas de minha autoria, carregam influências que permeiam toda a minha vivência musical e foram concebidas em momentos diferentes da minha vida. É difícil elaborar um rótulo que define o álbum, pois há uma diversidade muito grande que também caracteriza meu gosto enquanto ouvinte. Mas existe uma identidade sim. Como foi tudo gravado no mesmo período de tempo, mesmo estúdio e mesmo produtor, acabou-se formando uma unidade”, explica.

Influências

“Um disco sobre tudo o que já ouviu na vida” – é assim que Cebola caracteriza as influências que Brandura traz. “Sempre fui muito influenciado pelos artistas, seja solo ou grupo, que apostam nas baladas, surpresas harmônicas, melodias criativas, arranjos de vocais e interpretações sensíveis. Desde os Beatles, Beach Boys, Bread, Bee Gees… até Milton Nascimento, Caetano Veloso, Lô Borges, Djavan, Belchior, passando por bandas como Skank, Los Hermanos, O Terno, Oasis, Coldplay, Keane… Quando se lê não parece fazer muito sentido, mas, de alguma forma, foi ouvindo tudo isso ao longo da vida que cheguei numa sonoridade própria”.

O disco traz algumas participações especiais. Marcelo Dai, grande baterista mineiro, divide os vocais com Túlio em ‘Cinzas’ e Beto Bruno, da Cachorro Grande, participa da balada ‘Outra Estrada’.

Os parceiros de Daparte, Daniel Crase (baterista) e Bernardo Cipriano (tecladista) também estão no disco, na canção ‘Outra Estrada’. João Paulo Buchecha, Vinícius Mendes e Ulisses de Oliveira formam o naipe de metais nas faixas ‘Muda’ e ‘Aqui dentro’.

Sobre Cebola

Túlio Lima (ou Cebola) é um músico mineiro que, nos últimos anos, passou a se dedicar às composições próprias. É baixista da banda Daparte, com quem já lançou o disco de estreia ‘Charles’, sete singles, 11 videoclipes, um EP de três músicas e o segundo álbum, Fugadoce.

Em setembro de 2020, lançou ‘Lugar’, seu primeiro single como artista solo. Agora lança seu primeiro disco, com nove canções autorais inéditas, gravado em 2021 na Ilha do Corvo, produzido por Leonardo Marques.

O apelido, “Cebola”, é coisa do meu irmão mais velho. “Quando criança, eu e meus irmãos sempre curtimos os gibis da Turma da Mônica, e meu pai assinava pra gente. Sempre fui um cara das ideias inusitadas, ‘infalíveis’ que ninguém botava fé, e quase sempre dão errado quando colocadas em prática. O Cebolinha também tinha seus ‘planos infalíveis’ contra a Mônica que sempre falhavam no fim das contas. Aí, meu irmão teve essa sacada e passou a me chamar de Cebolinha. Com o tempo, alguns abreviaram para Cebola e quando entrei na Daparte, o apelido já estava consolidado. Jamais me chamavam de Túlio, muita gente passou bons anos sem saber meu verdadeiro nome. Alguns ainda não sabem, rs”, conta.

Ouça a edição mais recente do Programa Rock Master:


Se preferir, clique no banner abaixo e escolha qual edição do Programa Rock Master quer ouvir: