Resenha: “A Dream of Fantasy” – Blind Golem

Formada em 2015 na Itália por Andrea Vilardo (vocais), Silvano Zago (guitarra), Francesco Dalla Riva (baixo), Walter Mantovanelli (bateria) e Simone Bistaffa (teclado), o Blind Golem é uma banda que surgiu derivada do Forever Heep, grupo que, pelo que o próprio nome entrega, é um tributo ao Uriah Heep. Com esse histórico, era de se esperar que a banda praticasse uma sonoridade bem próxima à dos britânicos, ou seja, um classic rock com bastante presença do teclado Hammond.

E é exatamente isso que o quinteto entrega em “A Dream of Fantasy“, seu primeiro e, por enquanto, único trabalho, lançado em 2021 e que finalmente chegou ao Brasil através de nossos parceiros da Hellion Records.

“A Dream of Fantasy” é um álbum relativamente longo. São 14 músicas batendo na faixa dos 70 minutos que se focam no classic rock muito influenciado não só por Uriah Heep, mas também nomes como Magnum and Lucifer’s Friend. Não sei se isso foi proposital, mas há um excesso de baladas no álbum, com oito de suas músicas podendo, claramente, se encaixar nessa definição. Dentre elas, se destacam “Star of the Darkest Night”, “The Ghost of Eveline” e “The Day is Gone”. Esta última chama atenção não apenas pela beleza de sua composição, como também pelo fato do lendário Ken Hensley, principal compositor do Uriah Heep na década de 1970, ter participado tocando teclados e guitarra.

Dentre as demais faixas, aquelas que investem em um classic rock mais tradicional, por falta de uma expressão melhor, merecem destaque “Sunbreaker”, “Screaming to the Stars”, que tem toda uma pegada de Black Sabbath, e “Pegasus”.

Apesar de ser relativamente longo e um tanto quanto uniforme – a maioria das faixas tem mais ou menos a mesma pegada – “A Dream of Fantasy” é um bom álbum para todos aqueles fãs de um classic rock totalmente voltado para o Hammond e a guitarra.

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