Formada em São Paulo em 2018, o Urdza já conseguiu certa notoriedade no underground do metal nacional, o que lhes garantiu convite para abrir os shows que as lendas do Saxon realizaram por aqui em maio passado. Um dos motivos dessa notoriedade é o trabalho que o quinteto formado por Heitor Prado (vocal), Hugo do Prado e Rodrigo Adwent (guitarras), Cid Costa (baixo) e Dan Abreu (bateria), apresentou em “A War With Myself”, seu álbum de estreia, lançado em 2024.
“A War With Myself” é uma bela estreia, ainda que possa ser relativamente enganadora em alguns momentos. Isso se dá pelo fato do Urdza se intitular uma banda de thrash metal e, apesar do estilo se mostrar presente no álbum, ele é um thrash muito mais palatável do que aquele encontrado no trabalho de bandas como Enforced, por exemplo. A voz de Heitor é limpa, sem a agressividade presente em trabalhos mais convencionais de thrash e, honestamente, falta toda a fúria e raiva presentes no gênero.

Dito isso, “A War With Myself” soa mais como um álbum típico de heavy metal tradicional, com as óbvias influências de Iron Maiden, Judas Priest e Megadeth bem presentes. O álbum apresenta dez músicas e todas mostram uma banda bem “azeitada” e segura do que apresentar ao público, com proeminência para o vocal de Heitor e as guitarras da dupla Hugo e Rodrigo. Como destaques individuais, posso citar “Wrath of God”, “Sinner or Liar”, “Rising from Fire” e a faixa título.
Uma banda relativamente nova, mas já colhendo frutos de seu bom trabalho, o Urdza tem tudo para construir uma boa carreira no mercado nacional.
“A War With Myself” foi lançado de maneira independente em uma embalagem slipcase caprichada, mas também pode ser encontrado em plataformas de streaming, como o Spotify. Vale a pena conferir.
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