Resenha: “Revolution Come… Revolution Go”, do Gov’t Mule, é mais um bom exemplo do southern rock americano

Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo “Piolho” Monteiro para o Rock Master!

O Gov’t Mule foi formado em 1995 como projeto paralelo de Warren Haynes, guitarrista e vocalista do The Allman Brothers, uma das mais importantes bandas do Southern Rock dos Estados Unidos. Com uma proposta de misturar southern rock, rock clássico, hard rock, jazz, blues e jams improvisadas, o Gov’t Mule lançou mais de duas dezenas de albuns desde então, contando aí trabalhos em estúdio, EPs e ao vivo. Apesar desta vasta discografia, “Revolution Come… Revolution Go”, seu mais recente trabalho de estúdio, lançado em 2017, é o primeiro a ter uma versão nacional, via Hellion Records.

“Revolution Come… Revolution Go” é um álbum redondinho, onde Haynes e seus comparsas, o tecladista e guitarrista Danny Louis, o baixista Jorgen Carlsson e o baterista Matt Abts, mostram toda a sua versatilidade e experiência sem, no entanto, soarem virtuosos ou abusarem de malabarismos instrumentais. Até porque a proposta da banda não é essa. As músicas do Gov’t Mule são, em sua maioria, construídas sobre uma base sólida de southern rock e blues, onde há bastante espaço para improvisações inspiradas. Isso, provavelmente, explica o motivo de praticamente todas as faixas aqui serem longas. À exceção de “Sarah, Surrender”, todas as músicas em “Revolution Come…. Revolution Go” superam os cinco minutos com a excelente “Thorns of Life” beirando os nove.

“Revolution Come… Revolution Go” traz todo o groove esperado de álbuns desse estilo, meclando faixas com uma levada mais tranquila com outras que trazem uma boa dose de funk e as indefectíveis baladas, tudo bem amarrado. A produção também ficou muito boa, com todos os instrumentos soando bem, sem atropelos, com destaque para os vocais e solos de guitarra de Hayes. Como destaques individuais, podemos citar “Stone Cold Rage”, que abre os trabalhos, a balada “Pressure Under Fire”, a supracitada “Thorns of Life”, “Traveling Tune” e a faixa título, apesar de o álbum, como um todo, soar tão bem que nem parece ter quase 77 minutos de duração, tão agradável é sua audição.

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