Resenha: “Verdugos” – Midgard

Formada em Bauru/SP em 1999, a banda Midgard lançou sua primeira demo tape autointitulada naquele mesmo ano, reunindo apenas duas faixas, mas que tornaram-se clássicos da cena nacional na época, “Self Liberty” e “Last Sanctuary”.

Diferente da maioria das bandas de doom que flertam com o death metal, o Midgard investe no chamado epic doom metal, ou heavy doom, consagrado por nomes como Saint Vitus, Candlemass, Trouble e Solitude Aeternus.

Após lançar mais duas demos e um álbum completo (“From Ashes…”) em 2005, a primeira parte da carreira da Midgard foi encerrada ainda na década que iniciou o século XXI. Essa “morte”, no entanto, durou apenas até 2021, quando dois de seus membros originais, o guitarrista Omar Rezende e o vocalista F.L.Y. – agora também assumindo o baixo -, resolveram reativar a banda. Na nova formação, contam também com a vocalista Paula Jabur, que sempre foi a principal mentora e manager do grupo, e o baterista Júlio Della Tocha Neto.

Depois de mais dois singles para azeitar a máquina, em 2024 o Midgard chegou ao mercado com seu segundo trabalho completo, “Verdugos”, através de nossos parceiros do Som do Darma.

O tempo em recesso (por falta de um termo melhor), fez muito bem para o Midgard. “Verdugos” é um álbum bem redondinho, com uma sonoridade muito legal e um doom bem mais “digerível” (de novo, por falta de um termo melhor) do que aquele produzido por bandas que optam flertar com o death metal, a exemplo do Draconian (que é uma das favoritas deste humilde escriba).

Tudo funciona bem em “Verdugos”, que é um álbum bastante agradável de se escutar. Ele traz nove faixas, superando um pouco os 50 minutos, mas é um trabalho tão legal, que nem se vê esse tempo passando. Faixas como “Midnight Rainbow”, “Crying at the Party”, a maravilhosa “Silent Song” e “Wild Walkers”, que fecha os trabalhos, são alguns dos destaques dessa volta que, esperamos que seja pra ficar, do Midgard.

Como dito acima, o álbum foi lançado pela Som do Darma tanto em formato físico quanto digital. Vale muito a pena dar uma privilegiada no trabalho dos caras.

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