Resenha: “Tales of the Wicked West” – MaidaVale

Dizer que nós aqui do Rock Master somos fãs da música produzida na Suécia é ser redundante, haja vista o número de bandas daquele pequeno país escandinavo que vivem aparecendo por aqui.

Depois dessa pequena introdução, é claro que vamos falar de mais uma banda surgida pelos lados de lá. O MaidaVale foi formado em Fårösund e conta com Matilda Roth (vocais), Sofia Ström (guitarra), Linn Johannesson (baixo) e Johann Hansson (bateria). Uma banda totalmente feminina com a proposta de fazer uma sonoridade fortemente calcada no rock psicodélico/progressivo que marcou os anos 1960/1970. Algo parecido com o que fazem seus conterrâneos do Night, do Hällas e do Lucifer.

Apesar de beber da mesma fonte dos citados no parágrafo anterior, as meninas do MaidaVale se focam mais no clima psicodélico, fazendo com que a audição de seu álbum de estreia, “Tales of the Wicked West“, que, apesar de ter sido lançado em 2016, chegou por aqui apenas esse ano graças aos esforços da nossa parceira Hellion Records, seja uma bela viagem a aquelas décadas.

Dos primeiros acordes de “If you Want the Smoke (Be the Fire)” aos derradeiros da sensacional “Heaven and Earth” o que temos aqui são nove faixas quase irrepreensíveis para aqueles que gostam desse tipo de sonoridade que ainda traz em si algumas doses de funk. Mas o funk verdadeiro, aquele tocado nos anos 1950 e 1960 e que influencia até hoje o rock and roll, não essa versão horrível que faz sucesso por aqui. Preste atenção em Find What You Love and Let it Kill You” e “The Greatest Story Ever Told” e saberá do que falo.

“Tales of the Wicked West” é um álbum bem redondinho e tudo funciona bem nele. Aparentemente, nenhuma de suas faixas é uma sobra de estúdio que entrou para completar uma determinada minutagem ou número mínimo de músicas exigido pela gravadora. Suas integrantes parecem muito bem entrosadas e todas dão o máximo de si, mas não pode-se falar de MaidaVale sem dar o destaque devido para Mathilda. É impressionante como a mulher canta de uma forma totalmente adequada para a sonoridade da banda. Claro, o resto da banda não fica atrás e Sofia também se mostra uma excelente guitarrista, com Linn e Johann segurando muito bem a onda na cozinha. Mas, em um time onde todas se destacam pela qualidade, Mathilda consegue se sobressair.

Com uma bela estreia, o MaidaVale já se mostra um dos grandes nomes do rock contemporâneo produzido na Suécia. Torcemos para que seu segundo trabalho, “Sun Dog”, lançado neste ano lá fora, chegue logo por aqui.

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