Resenha – “Chapter II – The Deal” – Sad Iron

Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo “Piolho” Monteiro para o Rock Master!

Uma das primeiras – se não for A primeira – bandas de speed/thrash metal da Holanda, o Sad Iron é um daqueles grupos que tem uma história bem conturbada. Formada em 1979 na cidade de Hoorn, a banda lançou seu primeiro álbum, “Total Damnation” em 1983.

Apesar da boa repercussão da estréia, a banda enfrentou uma série de empecilhos para o lançamento de seu segundo álbum, “The Antichrist“. Gravado em 1985, chegou ao mercado apenas 31 anos depois, em 2016. Novamente, o speed/thrash metal da banda chamou a atenção e recebeu boas críticas como um todo. Isso deve ter dado um novo gás para os holandeses, já que demorou apenas três anos para que seu terceiro álbum chegasse ao mercado.

Chapter II – The Deal” foi lançado esse ano. No Brasil, foi através de nossa parceira, a Hellion Records, e traz o quarteto formado por Marc van den Bos (vocal, guitarra), Bernard Rive (guitarra), Bjorn Hylkema (baixo) e Cor Bolt (bateria) fazendo um speed/thrash metal cheio de energia, dinamismo e fúria, além de uma bela carga de nostalgia.

O que o Sad Iron traz em seu “Chapter II – The Deal” é uma mistura de thrash com o heavy metal tradicional e um pouco de speed aqui e ali. O álbum traz a energia, velocidade e a fúria do thrash embalada por riffs que bebem da mesma fonte de bandas como o Motörhead e o Metallica de “Kill’em All“. A banda consegue trazer uma sonoridade dos anos 1980 diretamente para o século XXI de maneira bastante competente, de forma que as 10 faixas do álbum – uma das quais “escondida”, pois não aparece em nenhum lugar da contracapa ou do encarte – podem ser escutadas uma atrás da outra sem causar canseira.

Uma coisa que falta em “Chapter II – The Deal” são músicas com aquele refrão “grudento”, que fica na sua cabeça horas após escutar o álbum. Nenhuma das músicas presentes no trabalho tem essa característica, o que faz com que elas percam um pouco da força. Isso, no entanto, não as deixa menos interessantes ou bem feitas. Músicas como “Raise Hell“, “Murder of Crows” e “We Play to Kill“, que fecha o álbum são bons exemplos do thrash metal dos anos 1980 e devem agradar a boa parte dos fãs do estilo. O que torna este álbum do Sad Iron bem atraente para aqueles que estão sempre atrás de material de bandas pioneiras do thrash mundial.

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