Resenha: “From Days Unto Darkness” – Hatriot

Steve “Zetro” Souza é um nome bastante conhecido no cenário do thrash metal devido a sua longa carreira à frente de um dos grandes nomes da cena, o Exodus. Entre saídas e voltas, são quinze anos de Zetro como vocalista da banda.

Em um desses hiatos – Zetro deixou o Exodus em 2004 e foi convidado a retornar em 2014 – ele se envolveu em diversos projetos, sendo um deles uma iniciativa familiar. O Hatriot é um projeto que Steve formou com seus filhos, Cody (baixo) e Nick (bateria). Ao lado dos herdeiros, Zetro comandou o Hatriot em seus dois primeiros álbuns, “Heroes of Origin” e “Dawn of the New Centurion”, respectivamente de 2013 e 2014.

Quando retornou ao Exodus, Zetro resolveu que não teria condições de manter-se nas duas bandas e passou o bastão inteiramente para os filhos. Pelos cinco seguintes, o Hatriot se manteve longe do estúdio. Até que Cody resolveu acumular a função do pai e, ao lado dos guitarristas Kosta Varvatakis e Kevin Paterson voltaram ao mercado com seu terceiro álbum, “From Days Unto Darkness”.

Pode ser devido ao fato de ter dois Souza em sua formação, ou apenas uma escolha consciente, mas o fato é que “From Days Unto Darkness” é um álbum que bebe da mesma fonte de bandas como o Exodus, e ainda que bem sutilmente, Slayer. O que se tem aqui é um thrash metal característico da década de 1990, com alguma da agressividade do que o estilo produziu nos anos 1980. É tudo muito rápido e pesado, mas, ao mesmo tempo, acrescido de curtas passagens mais lentas, quase progressivas, tudo isso tendo as guitarras da dupla Kosta/Kevin e os vocais de Cody em destaque. Aliás, é impressionante como a voz e o estilo vocal de Cody lembram o pai. Em alguns momentos é difícil de acreditar que não é o velho Zetro cantando aqui.

From Days Unto Darkness” traz nove músicas, com cinco delas passando dos seis minutos. O fato de serem faixas longas, em um estilo onde menos é mais, não incomoda, já que elas nunca perdem a fúria e energia características do thrash metal da Bay Area. Inclusive, uma dessas músicas mais longas, “Frankenstein Must Be Destroyed” é um dos destaques do petardo, ao lado de “One Less Hell”, “In the Mind of the Mad” e “World, Flesh & Devil”.

From Days Unto Darkness” foi lançado por aqui recentemente pela Hellion Records e é bastante indicado para fãs do thrash metal americano dos anos 1990/1980, especialmente aqueles adeptos da sonoridade de bandas como Exodus Overkill, Testament e Death Angel.

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