Muito doom e melancolia na Autêntica, com Amenra e Labirinto

Confira como foram os shows dos paulistas da Labirinto e dos belgas da Amenra, na Autêntica, no último sábado (29 de fevereiro). Matéria e fotos de Alexandre Guzanshe.

2020 promete ser um bom ano para a cena metaleira de Belo Horizonte. Mesmo com a alta do dólar, bons ventos sopram por aqui, nas montanhas, trazendo ótimas bandas gringas. Basta ver a agenda de shows programada para este primeiro semestre. Metallica, Sonata Arctica, Powerwolf e várias outras.

O ano que começou com um show pra lá de honesto, com o simpático Blaze Bayley, o ex-vocalista do Iron Maiden, e já com uma carreira solo bem consolidada. Blaze fez um show pra lá de agitado no lotado Underground Pub.

No último sábado, 29 de fevereiro, um dia a mais no calendário pois estamos em um ano bissexto, a Autêntica recebeu uma noite dedicada ao post-rock, metal, ao doom, ao som lindo e melancólico de duas bandas, os paulistas da Labirinto e os belgas da Amenra. E que noite, amigos! O clima estava propício, chuva fina, frio e casa cheia.

A Labirinto, de são Paulo, foi a responsável por abrir os trabalhos. Fundada em 2004 e fazendo turnê do seu terceiro álbum, “Divino Afflante Spiritu”, eles entraram em cena com um som potente, bem sincronizado e uma percussão que fez até lembrar rituais indígenas. Show curto, mas perfeitamente bem executado do começo ao fim, levando ao público a experimentar a belas músicas melancólicas da banda.

Fechando a noite melancólica, a atração principal, os belgas do Amenra entraram no palco já mostrando a que vieram. Som pesado, forte, sinistro e impactante. Já com 21 anos de estrada, o quinteto passou pela América do Sul pela primeira vez. Talvez por isso o show foi marcado por um forte vigor e potência, principalmente pelo vocalista e fundador da banda Colin H. van Eeckhout. Sua performance no palco é de ficar admirando do começo ao fim.

Vale ressaltar que também o som da casa estava perfeito e isso conferiu ao show uma potência ainda maior, já que a banda tem músicas longas, pesadas e uma enorme sincronia entre os integrantes.

Outra questão importante foram as projeções realizadas no fundo do palco. Isso deu à noite um ar ainda mais bonito e sinistro. Depois de quase uma hora e meia de um puro metal, melodias emocionais e intensas, a banda para de uma só vez e seu vocalista sai de cena no meio do público.

O ano começou bem e assim esperamos até o fim deste 2020!

Amenra:

Labirinto:

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