Testament faz um bom show para casa cheia em Belo Horizonte

Uma das vantagens de grandes festivais como o Summer Breeze é que promotores e bandas aproveitam a oportunidade de estar no país e ampliam sua estadia e seu número de apresentações. O Testament, um dos pioneiros do thrash e um dos grandes nomes originados na famosa Bay Area de São Francisco fez isso. Além de sua apresentação no dia 30 de abril no Summer Breeze, a banda fez shows em Brasília no dia 28 e em Belo Horizonte na véspera do festival.

Da última vez em que estiveram na capital mineira, em 2015, o quinteto atualmente formado por Chuck Billy (vocal), Alex Skolnick e Eric Peterson (guitarras), Steve DiGiorgio (baixo) e o novato Chris Dovas (bateria) teve a companhia dos compatriotas do Cannibal Corpse no Music Hall. Dessa vez foram a única atração no Mr. Rock e tocaram para um público animado e que compareceu em bom número à casa de shows em um dia onde a concorrência estava acirrada. O Angra e os Titãs escolheram o mesmo dia para shows na cidade.

Apesar de essa ser a turnê de divulgação de seu último álbum, “Titans of Creation”, de 2020, o trabalho recebeu pouca atenção com apenas duas de suas faixas executadas pela banda: “Children of the Next Level” e “Night of the Witch”. O resto do setlist foi recheado de músicas mais conhecidas da banda, como “Rise Up”, que abriu os trabalhos, “Practice What You Preach”, “D.N.R. (Do Not Ressuscitate)”, “The Preacher”, “The Formation of Damnation” e “Alone in the Dark” que fechou o show, dentre outras.

Uma coisa que impressiona no show do Testament é como o quinteto tem uma presença de palco absurda. Todos os integrantes, à exceção de Chris, restrito por seu instrumento, correm pelo palco, brincam entre si, pedem que o público grite, aplauda e, claro, forme um “wall of death” (para os desavisados: Chuck pede que a galera se separe, deixando um espaço no meio e que os lados corram para se chocar no meio a um comando seu), tornando a experiência bastante interativa e gratificante. Chuck não se direciona muito ao público, mas, quando o faz, arranca as reações desejadas. No mais, o Testament faz o que sabe de melhor: uma parede sonora de thrash metal old school – na maior parte do tempo – que mostra o porquê de ainda estarem entre as principais bandas do gênero 40 anos após sua primeira formação. Um show do grupo é, certamente, uma experiência que vale à pena para qualquer headbanger que se preze.

Confira algumas fotos do show abaixo, cortesia de Jorge Filipe Barcelos.

O Rock Master agradece a Jorge Filipe Barcelos, a Onstage Produções e ao Mr. Rock pelo credenciamento para a cobertura do evento.

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