Hell’s Punch estréia com álbum que é uma bela porrada na cara.

Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo “Piolho” Monteiro para o Rock Master.

Ao contrário dos meus textos habituais para o Rock Master, esta é uma resenha tardia. Afinal, estou falando de um álbum após quase dois anos de seu lançamento. Apesar disso, vale uma análise, já que estamos falando aqui de mais uma porrada certeira gerada pela cena do metal extremo de Belo Horizonte.

Conhecida por apresentar ao mundo bandas como Sepultura, Sarcófago, Overdose, Sextrash, Chackal e muitas outras, Belo Horizonte sempre teve uma grande tradição no cenário do metal extremo, ainda que as coisas andem esquisitas atualmente. Divagações a parte, o Hell’s Punch é um quarteto que é um produto quase que literal dessa tradição. Afinal de contas, a banda é formada pelo vocalista/guitarrista Sérgio Ferreira (ex-guitarrista do Overdose), pelo guitarrista Marck (ex-Sextrash), pelo baixista Wesley Ribeiro (ex-Drowned/Hammurabi) e o pelo bateria André Bastos (ex-Pleiades).

A experiência desse quarteto foi fundamental para a composição de “Burn it Down”, seu álbum de estréia, que é uma verdadeira porrada na cara, no bom sentido. “Burn it Down” é um disco direto, pesado, energético e meio “sujo”, o que combina bem com a proposta e a história dos membros que formam a banda. O Hell’s Punch investe pesado em uma sonoridade influenciada pelo thrash, death e mesmo o hardcore nova-iorquino, mas com algum toque moderno aqui e ali. Essa modernidade, no entanto, é bastante sutil. No geral, o que ouvimos em “Burn it Down” é o thrash/death old school característico dos grandes nomes do gênero.

“Burn it Down” traz 15 faixas, das quais 13 são originais em inglês. As outras duas, que fecham o álbum, são justamente covers de bandas belorizontinas: “Ato Facultativo” do Attack Epilético e “Filhos do Mundo” do Overdose.

No fim das contas, podemos dizer que o Hell’s Punch já acrescenta bastante à tão conhecida e respeitada cena do metal extremo belorizontino. Ah, e pra quem quiser ver os caras ao vivo, eles tocarão em BH no dia 26 de setembro, fazendo a abertura do show do Destruction. Imperdível pra todo fã de uma “porrada na orelha” de qualidade.

“Burn it Down” está disponível no Spotify. Vale a pena procurar pelo som dos caras lá.

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