Resenha: “Procession of Souls” – Deathgeist

O Deathgeist foi formado em 2017 na capital paulista por Adriano Perfetto (vocal/guitarra), Victor Regep (guitarra), Maurício Cliff (baixo) e Fernando Oster (bateria), com uma proposta simples: tocar thrash metal tradicional. Naquele mesmo ano a banda lançou seu álbum de estreia, auto intitulado. Dois anos depois veio “666”, seguido do single “Curse of the Mandrake” em 2020. Finalmente, em janeiro desse ano, veio o terceiro trabalho do quarteto, “Procession of Souls”, disponibilizado digitalmente nas plataformas de streaming e em formato físico através de uma parceria entre as gravadoras  Mutilation Records e Thrash or Death Records. Se você, caro leitor, não conhecia o som desses paulistanos, essa é a hora.

“Procession of Souls” começa lentamente, com “The Greed’s Inferno”. Uma introdução calma, de violão, esconde a pancadaria bem thrash metal “old school” que se seguiria na própria música. É isso mesmo. O Deathgeist não se utiliza da famosa intro separada em seu terceiro álbum. Os elementos rítmicos/lentos se mesclam à porrada típica do thrash logo de cara. “The Greed’s Inferno” traz a maioria dos elementos que se encontram presentes nas oito músicas de “The Procession of Souls”: bateria marcante, vocal gritado, alguns refrãos “grudentos”, riffs bem construídos e solos tipicamente oitentistas.

O belo cartão de visitas dá uma boa ideia do que o ouvinte encontrará no resto do álbum. Em “Procession of Souls” o Deathgeist usa de uma sonoridade homogênea do começo ao fim, com poucas variações – como o teclado na faixa título. No mais, a banda se mantém fiel à sua proposta e mescla o thrash alemão e americano, mas trazendo um toque pessoal à sua sonoridade. Isso pode ser visto claramente em músicas como “Morlocks”, “Living Dead Melody” e “Nightmare’s Chamber”. Se o Deathgeist não tenta reinventar a roda, utiliza bem dela e apresenta um trabalho bastante sólido, que agrada qualquer fã do estilo.

Lançado em janeiro, em sua versão física “Procession of Souls” vem em formato slipcase e traz um encarte simples, mas que contém todas as letras de suas oito músicas. Um atrativo a mais para aqueles que ainda preferem suas músicas em mídias físicas.

Agradecimentos: Som do Darma, Mutilation Records, Thrash or Death Records

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