Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo Monteiro para o Rock Master!
O Hellish War é uma daquelas bandas que, toda vez que lança um novo álbum, esperamos coisa boa. Afinal, poucos grupos tupiniquins tem a qualidade musical do quinteto de Campinas formado por Bil Martins (vocal), Vulcano e Daniel Job (guitarras), JR (baixo) e Daniel Person (bateria). Escutar um álbum do Hellish War é fazer uma viagem ao metal dos anos 1980 e isso é excelente.
“Wine of Gods”, o quarto álbum dos caras e o segundo com Bil nos vocais traz aquela mistura de heavy metal tradicional com speed metal criada e amadurecida na Alemanha por bandas como Grave Digger, Rage e Running Wild. Junte a isso influências de nomes como Saxon, Manowar e Iron Maiden e você já tem uma ideia do que esperar do trabalho do Hellish War.
Aliás, a faixa que abre o álbum e que lhe dá título já traz todos esses elementos: riffs pesados e diretos, bateria marcante, solo bem encaixado e um refrão grudento e de fácil assimilação. Daqueles ideais para serem berrados nos shows da banda.
E o álbum segue nessa seara por todas as suas dez faixas. Ora se sente mais a influência do metal tipicamente germânico, ora da encarnação mais tradicional do estilo, mas tudo muito bem amarrado e pensado, visando criar músicas não só pesadas e rápidas, mas também empolgantes. E isso o Hellish War consegue durante todo o álbum, com destaques óbvios para “Wine of Gods”, “Falcon”, a longa “Devin” e “Warbringer”, que traz a participação especial de um dos padrinhos do speed metal mundial: Chris Boltendahl, vocalista do Grave Digger.
Na estrada desde 1995, o Hellish War é uma daquelas bandas que, mesmo com todas as dificuldades e problemas da cena enfrentados pelos grupos de metal tupiniquins, consegue, a cada lançamento, mostrar que se faz música pesada de qualidade por aqui. E isso não se limita apenas a medalhões como Angra e Seputura. Se você curte heavy metal oitentista no estilo – e qualidade – das bandas européias citadas neste texto, deveria dar uma chance pros caras do Hellish War.
Agradecimentos: Som do Darma
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