Resenha: “Tales from Outer Space” – RPWL

Olha aí mais uma colaboração do Rodrigo ‘Piolho’ Monteiro para o Rock Master!

Não é necessário ter escutado seus trabalhos anteriores nem saber de antemão que o RPWL foi formado com o intuito de ser uma banda cover de Pink Floyd para sentir ao longo de seu nono álbum de estúdio, “Tales from Outer Space“, o espectro de quinteto londrino. Mesmo fazendo músicas autorais desde o final da década de 1990, o RPWL continua mantendo em seu trabalho as influências que motivaram a existência da banda. E isso não é nada ruim.

O RPWL foi formado em Freising, na região metropolitana de Munique, Alemanha, em 1996. O nome do grupo é simplesmente a junção da primeira letra do sobrenome de cada um de seus então integrantes. Duas décadas depois apenas os donos do W – o guitarrista/baixista Kalle Wallner – e do L – o vocalista/tecladista Yogi Lang – permanecem no grupo. Markus Jehle (teclados) e Marc Turiaux (bateria) completam a formação.

Tales from Outer Space” é um álbum semi-conceitual, no sentido de que todas as músicas tem mais ou menos a mesma temática, que versa sobre encontros entre seres humanos e alienígenas. Essa temática já fica mais do que evidenciada na arte da capa, que remete aos pôsteres de filmes de ficção científica dos anos 1950/1960. “Tales from Outer Space” traz um total de sete faixas batendo na casa dos 50 minutos. E é um álbum cuja audição é bastante prazerosa, especialmente para aqueles que são fãs do lado mais leve do Pink Floyd.

O álbum começa com “A New World“, uma música bastante acessível, com sintetizadores bem encaixados aqui e ali, o que dá um clima de space rock para ela, e toda uma aura pink floydiana predominando especialmente na guitarra de Wallner e no vocal de Lang. Este, aliás, tem um quê de David Gilmour, algo que reforça ainda mais essa sensação. “Welcome to the Freak Show” vem a seguir e aqui o destaque vai para os vocais de Lang. A música é, como um todo, bastante leve e suave.

Light of the World” é a música mais longa do álbum, superando os dez minutos e traz uma grande carga de melancolia, com um belo trabalho de Wallner tanto na guitarra quanto no baixo e da dupla de tecladistas Lang/Jehle. O álbum continua nessa seara, com músicas bastante leves, com uma aura ora melancólica, ora mais pra cima (como é o caso de “What I Really Need”), mas nunca cansativas, até que se encerra em “Far Away From Home“, a única música abaixo dos 5 minutos presente aqui.

Bastante atrativo para fãs de rock progressivo em geral, mas especialmente para os apreciadores de Pink Floyd e Genesis, “Tales from Outer Space” foi lançado em março de 2019 lá fora e chegou por aqui no mesmo mês pela Hellion Records.

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