Resenha: Twenty – Taking Back Sunday

Composta atualmente por Adam Lazzara (vocais), John Nolan (guitarra), Shaun Cooper (baixo) e Mark O’Connell (bateria), a banda Taking Back Sunday foi formada em 1999 em Long Island, no estado de Nova York, EUA. “Twenty”, lançado mundialmente no ano passado – no Brasil, pela Hellion Records – é uma coletânea que abrange toda a carreira da banda, trazendo, em ordem cronológica, faixas presentes em cada um de seus sete álbuns, além de duas músicas inéditas, “All Ready To Go” e “A Song for Dan”.

Para mim sempre foi claro que o papel de uma coletânea é apresentar o trabalho de uma banda para uma nova audiência, já que, à exceção dos mais fanáticos, fãs de longa data dificilmente são atraídos para tais lançamentos, independente do número de faixas inéditas que ele traga. Olhando por esse lado, “Twenty” cumpre bem seu papel. A opção por escolher músicas presentes em cada um de seus álbuns e apresentá-las em ordem cronológica pode ser questionável mas, para o público alvo do produto, até que faz sentido. Assim fica mais patente a evolução musical pela qual a banda passou ao longo da carreira, ainda que, aqui, ela não tenha sido muito significativa. 

O que o Taking Back Sunday faz é a mistura de pop, rock e punk que tomou os Estados Unidos de assalto no final da década de 1990 e gerou o estilo que ficou popularmente conhecido como emo. O que temos aqui é o mesmo tipo de sonoridade adotada por bandas como Weezer, Simple Plan ou My Chemical Romance, com um instrumental relativamente pesado apoiando os vocais gritados declamando letras geralmente ligadas ao fim de um romance ou alguma questão envolvida com um estado emocional depressivo. Músicas como “Cute Without E (Cut From the Team)”, “Faith (When I Let You Down)“, “You’re So Last Summer“, “A Decade Under The Influence” e “MakeDamnSure” são alguns dos exemplos mais patentes presentes aqui daquilo que se pode esperar da banda.

No fim das contas, “Twenty” é um prato cheio para aqueles que eram adolescentes no começo do século e cujas angústias e dramas pessoais viam refletidas nas letras de bandas emo e que, por nostalgia ou mesmo gosto musical, ainda são atraídas por esse tipo de sonoridade.

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