Resenha: “Abyssal” – The Giant Void

Eis que pouco mais de um ano desde sua estreia com “Thought Insertion“, o The Giant Void volta à cena com seu mais novo álbum, “Abyssal”. Sabe aquela maldição que afeta muitas bandas que lançam um primeiro álbum excelente mas que, por algum motivo qualquer, não consegue repetir a dose no seguinte? Pois é, felizmente, esse não é o caso do trio formado por Felipe Colenci (guitarras, baixo. teclados), Hugo Rafael (vocal) e Michael Ehré (bateria).  “Abyssal” mostra uma evolução no som do The Giant Void, tornando esse álbum ainda melhor do que seu antecessor.

Um dos motivos disso se dar é pelo fato da banda não querer inventar. Se um heavy metal raçudo, com influências de hard rock, prog e power metal  funcionou bem da primeira vez, porque não repetir a dose? Se a falta de baladas tornou tudo mais pesado, energético e intrincado, porque não fazer de novo? Pois é isso que “Abyssal” traz. Heavy metal de primeira, muito, mas muito bem feito, com faixas pesadas alternando com… Bom, mais pesadas. Mas tudo muito harmonioso e muito bem construído. Os bons andamentos, a rapidez, os refrãos grudentos, e a certa dose de virtuose presentes em “Thought Insertion” estão de volta. E tudo funciona. E como funciona.

“Abyssal” começa com a pesada e cativante “Dirty Sinner”, um dos destaques individuais do álbum. Daí em diante, até a derradeira 12ª música, “Human Downfall”, a coisa mantém um nível de qualidade pouco visto na cena do heavy metal atual. Sério, é difícil sentar para escutar esse álbum sem ficar empolgado com o trabalho dos caras. Escute “Monster Within”, “Mars”, “War Heroes” e o trio de encerramento “Dimensions Collide”, “Ashen Empire Pt 1 – Rising Empire” e “Human Downfall” e terá uma ideia do que digo. É tudo muito melodioso, pesado, com belos refrãos e um trabalho instrumental quase perfeito. Eu não conhecia o trabalho de Felipe antes de “Thought Insertion” e me arrependo. O cara consegue ser bom nos três instrumentos, sem deixar a peteca cair em nenhum deles. Hugo novamente mostra uma bela versatilidade, indo dos vocais limpos aos ríspidos sem dificuldades, enquanto Michael… Bom, Michael tocou no Gamma Ray e no Primal Fear. Ele dispensa apresentações.

Um dos melhores álbuns do metal nacional de 2023, “Abyssal” está disponível em todas as plataformas digitais e formato físico pela Som do Darma.

Agradecimentos: Som do Darma e Susi dos Santos.

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